quarta-feira, 9 de abril de 2025

Muito bom ter a rotina voltando ao normal


 Bom dia, nobres pessoas que não estão aí. Hoje escrevendo um pouco mais tarde, já que é quarta-feira e eu voltei a poder ter meu tempo livre, já que eu tenho trabalhado tanto nos outros dias. E, por isso mesmo, posso dizer bem tranquilo que é muito bom ter a rotina voltando ao normal, depois das últimas semanas tão cheias de coisas a serem resolvidas. 

Significa que não havia nada a ser resolvido? Muito pelo contrário. Hoje de manhã eu fiz um caminhão de coisas por isso só estou postando agora. Dei uma invertida na ordem natural do post por estar focado em resolver o que precisava ser resolvido. 

Entre essas coisas, tanto hoje quanto outros dias, alterações na agenda por parte dos pacientes. E não adiantava eu colocar a secretária nisso, ela normalmente voltava pra mim e eu tinha que dizer pra ela quando ela podia colocar o paciente. Então, não tem jeito, mesmo que tivesse secretária, ia ter que passar por isso. 

Mas tem sido muito constante e complicado, principalmente porque tenho um caminhão de pacientes pedindo horário agora, mesmo que eu cobre um valor de sessão mais alto (segundo o meu ponto de vista). Mas tem sido estes que estão cobrindo as furadas de horário dos pacientes no final das contas. 

À parte do meu estresse de não estar claro onde eu coloquei o dinheiro que eu ganhei desde o início do ano, acho que isso tem o seu valor. Mesmo eu trabalhando amanhã 9 horas (podendo ser 10) e não sexta também 9 horas, estas não parecem passar tão rápido. Quando eu vi, já foi. 

Isso com pacientes que colaboram, é claro. Com outros, não tem jeito. 

Mas enfim, de qualquer forma, não posso reclamar de trabalho. Mas posso ter uma visão mais clara do que não quero abrir mão. Semana que vem, por exemplo, é feriado na sexta-feira. Não vou atender muitos pacientes e não vou mudar o dia para sacrificar minhas folgas de maneira deliberada, pra que eu fique acabado no final da semana. 

Ainda não analisei o que vou fazer, mas eu sei o que não quero fazer. Mas, de qualquer forma, há uma boa probabilidade de eu não fazer esse ajuste tão amarrado. Até porque na segunda à tarde a Bruna tem que ir lá limpar o consultório, não quero perder esse arranjo semanal que é tão importante pra gente. 

Além disso, também relacionado com os pacientes, emiti notas fiscais e emiti um relatório de sessões atendidas para uma paciente. Isso tomou um tempinho agora, mas eu já salvei para as próximas. Só preencher. 

Cabe ressaltar que muito do meu tempo "perdido" é falando com pacientes. O restante acaba não sendo tão pesado assim em termos de tempo, mesmo que algumas vezes acabe gerando algum cansaço mental ou psicológico. 

Também tinha que mexer com subscrições de ITSA4 e GGRC11. A primeira confirmada e a segunda não. Se for o caso, compro a mercado... dominado. 

Levantamento de quanta grana eu tenho disponível nas contas para investimento ou pagar as contas e tudo sob controle também. Tenho que decidir o que fazer, mas não tenho pressa. 

Analisando sob o ponto de vista do mercado, tem um povo aí meio desesperado com as merdas que o TRUMP tá fazendo, mas to pouco me fodendo. O problema é que estou assistindo essas merdas de novo e a máxima do Bastter (que não é dele, mas ele que fala) sobre olhar para o abismo está passando de novo. Já fechei a porra toda e saí correndo. 

Mas a vontade de vender uma put está aqui na minha frente. Mas to resistindo. 

Eu até pensei em fazer a aplicação pra tasty trade hoje, mas fico pensando: preciso ter realmente pressa pra investir $ 200,00 ?? Não fode... se eu tivesse muito dinheiro talvez até fizesse algum sentido, mas nessa batida aí, posso esperar sem sombra de dúvida. 

Ainda não defini bem se vou só comprar tesouro direto nesse momento. Talvez eu tenha que repensar isso no final das contas. Mas ficar com um caminhão de renda variável no momento que as merdas estão acontecendo é de cair o cu da bunda. E não adianta falar que é macho não que uma hora o cachimbo cai. 

Mas, talvez, demore muito até que tenha uma bosta de uma chance de fazer algo de novo com as ações. Talvez se eu definisse melhor minha ação, eu não precisaria passar por isso. 

Sei lá, só pensei...

Pensei aqui que a regra de comprar toda a renda dos dividendos de FII em fundos imobiliários coloca uma direção bem boa nisso. Posso não colocar dinheiro novo em FII, mas o dinheiro que vem dele eu recoloco e as coisas vão andando. 

Humm, não é má ideia não. Faço isso e o restante vou colocando em tesouro IPCA 2040, como é o esperado dentro da lógica do Bastter System. 

O foda é o cara querer fazer mais do que pode. Preciso tirar a sardinhagem da cabeça. 

Além dessas reflexões que nunca chegam ao final, eu emiti uma nota pra Amanda, que é a padrão pra eu poder receber e dei uma freada nas outras, passando uma boa parte delas para o mês que vem, pra equilibrar o balanço. 

Se bem que se eu pensar bem, já que eu estou recebendo o dinheiro, poderia já acertar essa bosta. Vou pensar nisso. Esse mês ainda pago a porra do IPVA e tem a grana a pagar do IRPF, que geralmente dá uns R$ 600,00, mas vai saber. 

Até mesmo porque esse ano meu IRPF tem novidade e eu posso ser chamada na receita para me incomodar por causa do recebimento do seguro do carro e da compra da casa... então, talvez dê um pouquinho mais de trabalho, preciso estar ligado na parada. 

Enfim, também estava pensando em fazer mais leituras. Estou lendo um livro que ele está sempre na minha mente mas eu sempre fujo dele, o rápido e devagar. Caralho, tem hora que me dói e  cansa ler aquela bosta, por mais que eu entenda que há muita coisa importante que posso usar dele nos atendimentos. 

Enfim, foi uma manhã bem produtiva, arrumei a casa, coloquei algumas coisas no lugar e ainda há coisas a serem colocadas, mas farei agora na hora do almoço. Não tinha nada de muito urgente para ser feito nesse momento, então, qualquer estresse que eu porventura tenha será por clara criação minha. 

E, já que é assim, é problema meu. 

Ou seja, um dia normal, rotina voltando ao normal e vamos que vamos. 

Valeu!!!



terça-feira, 8 de abril de 2025

Sempre é tempo de mudar pra melhor


Bom dia, pessoas que não estão aí. Estou aqui de novo postando pra vcs coisas que vcs não irão ler, mas que fico feliz em continuar com essa rotina que construí a tanto tempo. O post de hoje não tem uma direção definida, mas eu tenho um pouco mais de tempo que os outros dias. E na falta de assunto, resolvi falar um sempre sobre o quanto sempre é tempo de mudar pra melhor. 

Eu tenho seguido essa premissa ao longo do tempo, apesar de, de vez em quando, vcs mesmo já puderam testemunhar isso, ela me estressa pela suposta necessidade de produtividade e coisas do tipo. Na verdade, 
como já falei pra vcs, a dopamina (ou a falta dela) tinha um papel biológico que estimulava essa busca e consequente ansiedade. 

A ideia de melhorar 1% ao dia é algo que eu tenho buscado ao longo dos anos e, principalmente, a partir do momento que me aposentei. Mas eu tenho registrado aqui no blog a minha busca. Pensei agora que eu não consigo pensar que em 2017, quando eu voltei a escrever aqui, eu estava com essa ideia tão obsessiva na cabeça. 

Eu sei que preciso aprender algo, porque eu gosto. Mas eu tenho buscado alguma coisa que nem mesmo eu sei pra aprender, que seja interessante, na busca de algo que eu possa me apaixonar. Eu gosto muito de me apaixonar e já faz algum tempo que eu não tenho essa sensação. 

Antes isso me deixava numa situação ruim porque eu procurava merda (como todo bom TDAH). Depois que eu comecei com o meu tratamento, isso mudou muito e estabilizei e organizei minha vida. 

Inclusive, estar onde estou hoje, apesar de obviamente eu estar buscando mais (cadê a porra do suficiente) é fruto dessa parada e foco no que realmente interessava na minha vida e que, até onde eu sei, era o que eu queria, que é tranquilidade, paz, estabilidade. 

Porém eu sou um ser humano e ser humano é um bicho desassossegado. Mesmo estando sob intensa atividade, parece que nunca é o suficiente. 

Acho que é justamente a ideia da busca do suficiente que seria importante pensar pra mim. E eu tenho pensado, felizmente. Tenho conseguido colocar minhas novas premissas em ação, principalmente a de fazer logo o que te incomoda porque é daí que vem o prazer de produzir, mas eventualmente isso não me basta. 

E a melhora da qual este post está falando, se encaixa nessa ideia de que sempre é tempo de mudar pra melhor. 


NEM SEMPRE O QUE TE FAZ MAL É SÓ RUIM

Lembra dela

Acho que vcs já viram essa foto, mas acho que ela ilustra bem o que eu estou falando. Essa porra dessa pedra desse tamanho vem se formando dentro de mim a não sei quantos anos e final de 2024 e início de 2025 ela resolveu me quebrar, fazendo que eu tivesse uma dor que acho que nunca tinha sentido tão intensa e tão repetida quanto antes. 

Felizmente, agi rápido e ela foi retirada agora em março. Porém, as lições que eu aprendi (e que obviamente não sei se seguirei, por estarem batendo de frente com outras coisas) por causa dela são atemporais. 

Eu vinha tentando emagrecer (não de fato, mas de desejo) a muito tempo. Eu já tinha feito um processo de emagrecimento em 2009 até 2013 que fiquei com a melhor forma da minha vida, coisa que eu não acreditava. Mas eu só fui, só persisti. 

Lembra o quanto eu falo da persistência? Vai sem querer, vai sem acreditar, apenas vai e mantém por tempo suficiente pra que vc veja se aquilo te acrescenta alguma coisa. 

Pois então, ao longo do tempo, depois que eu parei e passei a me dedicar novamente ao trabalho no quartel e no consultório, eu não consegui manter o padrão de exercício e de corpo, infelizmente. Mas não voltei ao estado anterior, felizmente. 

Eu parei de fato em 2017, quando sofri o acidente que me fodeu o pé lá na pista de patinação. Provavelmente se vcs buscarem aqui no blog vão ver a minha cara de pastel na época. De lá pra cá, só ladeira abaixo, mesmo que eu tenha me mantido controlado, talvez por causa da medicação. Mas não voltei a ser aquela pessoa com o excesso gigantesco de peso. 

Tanto que, toda vez que eu ia no médico, me perguntavam altura e peso, e eu já tinha decorado a marca de 1,72 e 84 Kg, com um certo grau de vergonha. E sempre pensava que 4 kg perder é fácil, blá blá blá. Fácil o caralho. Se fosse fácil eu já teria perdido. 

Pra mudar, vc tem que abrir mão de muita coisa que faz sentido pra vc. Não quer dizer que seja boa pra vc no longo prazo, mas se não fosse, vc não faria. 

E comer sempre foi uma das coisas que eu sempre gostei. E beber também, ainda que não fosse algo que eu gostasse tanto assim, tinha um caráter puramente social. Ainda me vejo, eventualmente, querendo tomar uma do nada, mas logo eu sacudo a cabeça e volto á consciência. 

Não quer dizer que eu não vá beber mais. Mas o jeito que eu estou hoje é muito melhor do que estava antes, nesses termos. 

Mas, eis que começo a passar mal e começo a ter medo de passar mal. E, como eu sei o que causa, passei a ter medo de comer. E passei a comer uma fração do que eu comia antes. Sem fazer tanto esforço assim, já que o único esforço que eu tinha que fazer era lembrar da porra da dor que eu estava tendo. 

E eis que eu, despretensiosamente, emagreço, medido ontem, 5,5 Kg. Fazia MUITO tempo que eu não vinha o número 7 na frente da balança. A alegria que me deu ontem quando eu pesei com 78,5, de roupa, na farmácia, foi algo assim, inacreditável até. 

Uma meta alcançada, da maneira mais inesperada possível. 

Por isso, quando algo ruim acontecer, talvez ele não seja só ruim. Talvez ela possa trazer algo bom se vc conseguir entender que aquilo está te dando uma oportunidade de fazer diferente. 

Na esteira disso, eu já estava pensando em mudar minha aparência. 


O QUE EU QUERIA COM A ESCOLHA ANTERIOR

Esquecer fase merda

Como alguém esqueceu esse tênis, eu queria esquecer a minha passagem como militar na minha vida. Muitas vezes até fiquei um pouco chateado comigo, já que praticamente tudo que eu tenho e sou foi criado durante esse período, mas tudo de ruim também foi. E apesar da minha resiliência e da minha capacidade de lidar com todo tipo de filhos da puta, algumas memórias não são boas. 

Pra isso, queria me desvincular dessa imagem de militar que eu tinha ao longo da minha vida. Nunca fui um militar exemplar, mesmo nas minhas melhores fases. Fui adaptativo e inteligente, pra não me foder como tinha me fodido como jovem, mas aceitar e acreditar que aquilo é bom, nunca. 

E também queria fazer uma nova identidade, um novo eu, aposentado, livre, diferente. E acho que eu consegui. Muita gente não me conhece como eu era antes da nova fase psicólogo aposentado. E gosto até, não quer dizer que me desvencilhei dela pra sempre. Mas ultimamente, principalmente depois que eu emagreci, queria me ver com o rosto antigo. 

Já havia decidido, mas estava enrolando porque eu estou com um problema sério aqui em casa pra fazer as coisas: preguiça. A gente vai ter que sair da porra da comodidade pra fazer uma série de coisas e eu estava honestamente enrolando pra fazer isso, principalmente porque os caras iam me cobrar 50 conto pra fazer algo que eu poderia fazer. 

Enfim, chamei minhas ajudantes ontem e elas se divertiram tirando minha barba, que já estava me fazendo parecer o papai noel de tão feia. Falta agora ajustar o cabelo, porque quando ele cresce eu fico com um capacete mesmo sendo magro. 

E é engraçado que eu estranhei e não achei tão bom em princípio. Imaginava que por ter emagrecido tanto meu rosto teria afinado mais. Mas a natureza é implacável, eu sou filho do João, então, tenho que emagrecer MUITO pra voltar ao estado que eu gostava nos idos de 2011-2013. 

Mas acho que ficou bom e é um brinde pra esse momento de mudança que eu quero implementar na minha vida. Então, esse post todo, essa enrolação que acabou sendo boa pra minhas lembranças é pra mostrar o NOVO EU. 

Valeu!!




 

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Ser realista sobre os custos te coloca numa posição melhor de escolha

Controlar de forma generalista, mas tudo

 Bom dia. Entrando muito rápido. Reflexão rápida sobre ser realista sobre os custo te coloca numa posição melhor de escolha, seja se vale a pena continuar assim ou se é necessário um ajuste de rumo. Eu tenho a impressão que talvez eu não tenha mensurado bem o que aumentou de custo fixo pra mim esse ano. E isso talvez seja um fator que me faça ter uma noção melhor da grana que entra na minha conta. 

Eu tinha a impressão, até o ano passado, que eu conseguia guardar bastante grana ao longo dos meses. 2024 não foi um ano de guardar dinheiro, devido a todos os acontecimentos, mas foi um ano de estabilização de ganho e gasto. Talvez 2023 me dê uma noção melhor. 

Porém, eu realizei mudanças na minha vida e preciso colocar um holofote melhor nisso, até pra que eu possa fazer melhores escolhas. 

Então, voltei do almoço agora e estou novamente sem tempo. A porra do restaurante que costumava ser rapidinho pra almoçar agora tem uma fila do caralho. Falando com a patroa, estamos ambos cansados e apressados. 

E não vamos viajar para Pitanga. Posso ser sincero? Graças a Deus!!!!

Não deu pra postar de novo, mas foda-se. Minha esposa é mais importante. 

Vá em paz, Luisão, meu amigo

Primeiro paciente meu que eu perco para a morte

 Bom dia, nobres inexistentes. Esse post não é feliz e não será o único do dia, vcs podem ter certeza disso. Mas eu preciso falar com vcs a respeito de algo tão chocante e triste que aconteceu no sábado. Eu mesmo fiquei assustado com minha reação. A perda de um paciente, muito mais que um paciente, um amigo, um guerreiro, um lutador. Vá em paz, Luisão, meu amigo. 

Luisão veio de uma maneira despretensiosa falar comigo em 2011 (ou 2013, como ele sempre me corrigia). Foi indicado por outra paciente minha, da família, e que entendia que eu poderia ajudá-lo. Como todos os homens que vem pra terapia, ele não estava muito confiante que encontraria alguém que poderia ajudá-lo. Mas acho que ele mudou de ideia depois da nossa conversa, tanto que voltou por tanto tempo. 

Os problemas dele na época giravam em torno da perda da mãe e da consequente mudança para a casa da irmã, com quem tinha, supostamente, problema de relacionamento. A fase não era boa, em vários sentidos. 

Em termos de relacionamento também ainda estava muito magoado com a ex-esposa, mãe de seu filho, que teve atitudes bastante questionáveis com ele. 

Essas questões foram pauta das nossas sessões por muito tempo. Até a hora em que conseguimos que ele começasse a se sentir melhor em relação a quem era, à importância que ele tinha pra ele e, principalmente, para as pessoas da família que conviviam pra ele. 

Muitas vezes nossa percepção não consegue ver o que está bem à nossa frente e sofremos com algo que já temos. Foi o caso dele. 

Superado isso, estávamos falando em relacionamento e eu o ajudei a encontrar o verdadeiro amor da vida dele, que ele, no início, não estava disposto a se arriscar a cultivar. Foi outra luta pra ele se deixar se amado e amar para além de sua rigidez. 

Mais uma vez ele venceu essa resistência e deixou acontecer o relacionamento. 

A próxima luta, ainda em relação à sua família, foi seu relacionamento com seu pai, que conseguiu resgatar antes da ida desse e ficou muito feliz em poder ter contato com ele antes de perdê-lo. Não o abalou, ele sentiu que fez o que lhe era possível para se reaproximar dessa figura tão controversa na família dele e das outras pessoas da família. 

Depois uma perda de rumo no relacionamento com seu filho, que eu consegui ajudar a não se precipitar e jogar para o alto algo que lhe era tão caro. 

Mais à frente, quase no final do primeiro tempo do nosso atendimento, seu problema em deixar seu sonho da casa própria ser realizado. Para isso, precisava pedir dinheiro emprestado para a irmã que tinha como ajudá-lo e, depois ele mesmo descobriu com nosso trabalho, que estava mais do que disposta a fazê-lo. 

Realizado seu sonho, iniciado um casamento de fato com seu amor, começou a criar um problema com a questão financeira dela, que claramente precisava ser analisado como uma fuga, mais uma vez. Ele não se deixou vencer por essa ideia e a coisa deslanchou, felizmente, encerrando esse nosso ciclo de atendimento de forma mais feliz, realizado, apesar de obviamente ter todos os problemas normais de nossa vida, alegrias e tristezas. 

Mas, finalmente, não estava mais vazio, com alguém que não lhe dava o tanto quanto ele dava. E encerramos, se não me engano, em 2016. 

O retorno não foi legal... mas necessário. 


UMA PERDA TÃO GRANDE QUANTO INJUSTA

 

Eis que, em 03/05/2022 retomamos os atendimentos um dia depois da perda do amor de sua vida. Que fase difícil meu amigo passou. Que luta complicada lutamos juntos, pra lidar com uma perda tão grande na vida. 

Ela vinha lutando com um câncer a dois anos e ele abdicou de sua vida para cuidar dela, algo que nós pontuamos e ele mesmo via como uma vitória e admirava a si mesmo, mesmo não acreditando que conseguiria fazê-lo, por ter suportado um sofrimento tão grande pensando nela. 

Porém, ela foi vencida no dia 02/05... e estávamos juntos nessa luta, reunindo as forças, lidando com o dia a dia, com questões pós morte, burocráticas, desnecessárias porém obrigatórias. E estávamos vencendo, ele já estava em uma fase de reconstrução, de abertura, de tentativa de valorizar a si mesmo, seus gostos e o que era importante pra ele, valorizando suas vontades e expressando seus sentimentos para quem o amava. 

E melhor, percebendo que as pessoas o acolhiam, o amavam, mesmo que não fosse do jeito que ele queria. 

Fizemos nossa última sessão quinta passada e ele chega dizendo que quase tinha morrido (claramente uma brincadeira mais séria que o normal), pois o médico tinha dito que ele estava com "transtorno de ansiedade"... achei muito estranho, investiguei o máximo que pude essa crise e o momento não era pra isso, estávamos em franca recuperação...

Ele sentia dor, o que não costuma ser o normal em crises de ansiedade. Há uma dor, associada com a dificuldade em respirar, mas não era isso. 

E não era mesmo. 

No sábado de manhã, a sobrinha querida dele me avisa que ele sofreu um infarto fulminante, um dia depois da nossa sessão, em que tínhamos feito planos para ele melhorar a condição física dele e não só a mental...

Não deu tempo, que pena...

Que porra de médico é esse que analisa tão mal a condição de uma pessoa. 

Mas agora, meu amigo se foi. Mas deixou um legado de amor. Um filho biológico, duas filhas do coração, uma neta, duas famílias e foi encontrar com papai do céu. 

Meu amigo, esteja bem onde vc estiver.. que DEUS possa te iluminar e que vc esteja em um lugar melhor do que estava aqui, diante de tanto sofrimento. Pena, DEUS, que eu não posso fazer mais pelas pessoas que sofrem assim. 

Eu entendo que está além de mim... e sei que ajudo... sei que tenho minhas falhas, tenho minhas preguiças, tenho minha vaidade, meu problema com dinheiro... mas eu sei que lutei com ele, sei que ele estava melhor e que, diante do que eu estava fazendo, não implicava nisso que fez com que ele se fosse. 

Mesmo assim eu sinto um pouco de culpa... eu não acho que ele me culparia. Eu o atendia praticamente sem cobrar nada dele.. por amizade mesmo, por saber que ele precisava e que ele se empenhava, ao contrário de alguns outros que tem dinheiro e não se ajudam. 

O meu choro de tristeza pela sua perda, Luisão, não é sem saber que vc foi um cara que fez meu trabalho ser um sucesso, seja porque eu ajudei vc a sair do peso enorme da perda e ajudei a transformá-la em saudade, mas também porque vc sabia que eu confiava em vc para ser uma pessoa melhor, bastava vc se perceber assim. 

E sei que vc estava no caminho. 

Um grande abraço, meu amigo. Que quando for a minha hora, possamos nos encontrar e vc me diga que está bem melhor e em paz. 

Descanse em paz!!!

Valeu


 

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Se há algo que vc precisa fazer, faça logo

Procrastinar também vem em pequenas doses

 Bom dia, pessoas que não participam do meu blog e não estão nem aí para o que eu escrevo. Espero que estejam bem. Pois então, aqui estou eu no trabalho, numa quarta-feira que é o meu dia (supostamente) de ter a manhã de folga e... pois é. A vida pede, nós fazemos. Se bem que nem sempre fazemos, deixamos pra depois e isso pode ser um problema. Se há algo que vc precisa fazer, faça logo. 

E o motivo de dizer isso é que, principalmente aqui no blog, eu estou sempre dizendo que "se der, depois posto mais" e a estatística é imensamente desfavorável a isso. Ontem eu até poderia, mas também me ocupei de outras coisas. 

Não quer dizer que as outras coisas que eu me ocupei não eram importantes. Eram sim. Mas, quando vc faz isso, vc assume o risco de não conseguir fazer aquilo que vc quer (ou precisa). Apesar de hoje eu não estar tão pilhado quanto ontem a esse respeito, talvez se eu colocasse minhas preocupações no papel eu poderia pensar melhor a respeito delas. 

Esvaziar a cabeça sempre ajuda muito e eu sei disso. De certa forma eu esvaziei a cabeça, mas não desenvolvi os motivos pelos quais eu estou estressado com relação ao dinheiro no momento. Eu preciso entender o motivo do estresse, se eu estou realmente avaliando da forma adequada e isso vai me deixar mais tranquilo, mesmo que a situação esteja complicada. 

Quando vc sabe o tamanho do problema torna ele solucionável. Não dá pra resolver uma catástrofe. Mas dá pra ver se vc está fazendo algo que está contribuindo para o problema, isso sim. E, assim, aumenta a chance de ter ou criar uma solução pra ele. 

Minha questão gira em torno de estar ganhando bem, e mesmo assim o dinheiro parece estar sse esvaindo pelas mãos. Isso é algo que me incomoda. 

Não dá também pra pensar de forma miserável ou com o foco da "escassez", como diz a Carol. Não é uma preocupação racional, ela é puramente emocional. Começa no motivo de eu não ter conseguido guardar nada nos três primeiros meses do ano (mentira, em março eu guardei sim). E, depois, mesmo tendo recebido dos pacientes, minha capacidade de poupança não está compatível com o que eu ganho. 

Eu sei que alguns custos fixos aumentaram e que o início do ano o gasto de dinheiro foi muito maior que outros anos em função das viagens e do casamento da Manu com o Felipe. Mas essa sensação minha continua e eu preciso entender se eu estou ignorando alguma coisa. 

Claro que eu sei que eu não preciso ter esse medo todo que eu estou de não ter dinheiro. Não ter dinheiro, graças a DEUS, não é o problema no momento. Mas me preocupa eu ganhar e parecer que sempre estou sem dinheiro. Isso me irrita demais. 

Enfim, voltando ao tema do post, por causa dessas impressões que falei pra vc fazer logo o que precisa fazer. Quando vc deixa pra depois, mesmo que não seja por causa de estar procrastinando, precisa contar com o imprevisto, com alguma coisa aparecendo que pode não deixar vc seguir seus planos. Isso é viver. 

Quando vc resolve logo o que precisa, libera sua mente para o próximo problema, não antes de gerar em vc uma sensação muito boa de estar capaz, aumentando sua autoconfiança. Percebi isso quando eu parei de fugir das coisas que eu precisava fazer. Aliás, meus posts sempre estão nessa medida porque ue estou honestamente fazendo isso acontecer, evitando procrastinar e evitar as coisas que eu sei que precisam ser feitas e estão definidas. 

Algumas ainda não estão, então, isso acaba fazendo com que eu fique adiando a solução. Mas nem se compara com o que eu tinha antes. 

Um post que eu preciso fazer pra me ajudar a refletir a respeito vai versar sobre pequenas coisas que vem e saem da memória e que são importantes, coisas que vc precisa fazer, pequenas coisinhas mesmo, mas que volta e meia me incomodam. É mais uma coisa que eu preciso pensar a respeito. 

Como eu tenho trabalhado muito, não estou tendo tempo pra me dedicar a resolver muitas coisas. Mas devagar e sempre, meu amigo. Vamos que vamos. 

Valeu

ps. lembrei de mais uma: deixar o to do online pra eu ver aqui do consultório para o caso de eu poder resolver quando tiver tempo, o que é escasso. 



terça-feira, 1 de abril de 2025

A melhor maneira de ficar menos ansioso é entender do que vc está com medo

É a porra do FOMO?

Bom dia, nobres pessoas que não existem e não leem este blog. Eu tenho estado em um estado estranho ultimamente, com algumas impressões que não são legais e preocupações que não saem da minha cabeça. E isso tem, claro, me deixado mais ansioso do que eu gostaria. E eu sei que a melhor maneira de ficar menos ansioso é entender do que vc está com medo, então, esse post tem esse objetivo. 

Claro que eu não conseguirei fazer isso em 9 minutos, que é o tempo até o início da sessão. Mas pelo menos eu quero ir colocando essas preocupações de uma maneira mais clara para mim. Se ficar clara pra vcs também, acaba sendo bom pra minha análise. 

Eu estou agora querendo começar a investir no exterior. As minhas tentativas anteriores não deram certo por causa da porra da corretora. Fazer o que, esta merda não me deixou ser cliente... enfim, vamos partir pra outra. 

Eu poderia ter entrado em outra corretora mas não o estou fazendo, por inúmeras razões que não explicam porque não estou fazendo, no final das contas. 

Pra isso, eu preciso comprar dólar. Isso eu tenho feito, mas também estou em dúvida a respeito da solvência do local que estou colocando o dólar. E percebi que estou cheio de "E ses..." e esse aspecto condicional me fode. 

Por outro lado, eu também estou pensando em colocar o dinheiro na renda fixa porque eu comprei a minha casa e tirei uma quantidade muito grande de dinheiro. Mas não só a casa, também o carro. Então, a lógica seria seguir a minha estratégia e esquecer qualquer outro investimento. 

Porém, também estou recebendo renda dos FII e durante os três primeiros meses do ano eu não usei o FII para repor as cotas. Chato também. 

Além disso, eu estou achando que estou ganhando dinheiro de uma forma razoável até, mas não estou guardando esse dinheiro na mesma proporção... e isso está me chateando. Começo a achar que estou gastando demais e não sei bem onde esse dinheiro está indo. 

Ou seja, eu preciso entender o que está acontecendo, o que estou dizendo pra mim e o que é verdade e o que não é nessa percepção. 

Estou o tempo todo indo pra lá e pra cá, dizendo que deveria fazer isso, aproveitar aquilo e, claro, parando pra pensar de forma adequada, isso é verdade, seria muito bom se eu tivesse dinheiro pra guardar em todos os lugares mesmo. Mas já que eu ainda não tenho esse dinheiro, preciso ser capaz de ser razoável, não racional (psicologia financeira, hein???) em relação a isso. 

Só que eu agora não tenho mais tempo pra postar, mas eu coloquei alguns prompts pra eu pensar assim que eu puder. Mas agora eu preciso trabalhar. 

Valeu



segunda-feira, 31 de março de 2025

A melhor coisa a fazer é aquilo que vc não quer fazer

Até mesmo quando vc não sabe o que fazer

Bom dia pessoas que não estão aí. Espero que todas estejam bem e preparadas para um novo início de semana. E, no meu caso, uma semana que será bastante trabalhada. Não como a semana em que eu retorno para o trabalho, mas puxada num nível importante. Claro que pode ser que eu não consiga atender todas as pessoas por limitações de horários, mas as previsões são diferentes. 

No meu caso, agora, até tenho algo interessante a pensar: não tenho algo urgente, premente para fazer, que eu esteja procrastinando ( ou que eu não possa procrastinar mais ). Tenho, como sempre, coisas rotineiras a fazer, que sempre são feitas, de uma maneira ou de outra. Mas nada que eu possa dizer que eu preciso fazer logo. 

Não sei se eu consigo considerar isso uma coisa boa. Quando vc tem algo que não quer fazer, pelo menos vc tem um norte. Eu tenho algumas coisas que eu posso fazer hoje, tem algumas coisas que algo em mim está dizendo pra eu fazer e outro algo está dizendo para eu não fazer (opções), coisinhas sem importância pra resolver, mas que até poderiam fazer diferença... mas estou em paz de coisas urgentes. 

E eu sempre me coloco como aquela pessoa que, como psicólogo, diz para as pessoas que a melhor hora para vc resolver um problema definitivamente é quando vc não tem urgências. As urgências tiram de vc a capacidade de não ter urgências... parece até uma frase doida, mas quer dizer que, se vc tem urgência, vc não se prepara, conhece, reconhece e age diante de um problema, apenas vai apagando os incêndios. 

Por outro lado, também te dá a chance de aproveitar a paz que vc mesmo criou por ter resolvido os outros problemas. 

Eu até tenho outras preocupações, mas que não dependem de mim. Minha filha está engordando demais e isso me preocupa muito. Não que isso afete a mim diretamente, mas afeta a ela como pessoa. Pode ser uma preocupação sem sentido, mas que eu sei que, se ela não fizer algo, vai tirar a paz dela durante a vida dela. 

Engraçado que, depois da vida adulta, vc sempre tem algo a fazer. Nunca vc está livre de ter uma resolução, um documento, uma conta, uma pessoa pra ajudar, alguém para falar, algo a reagir. e parece que ao longo do tempo vc vai escolhendo ao que vc dá atenção e ao que não dá. 

O final de semana foi um sem fim de assistir vídeos divertidos do Gaveta, que fala de filmes. Cara, descobri esse canal, o maluco é engraçado pra caralho, morri de rir, porque me identifiquei com ele. Eu faço exatamente a mesma coisa. 

E foi só isso. Assistir filmes ou séries mesmo não me animei. Tem sempre aquela coisa de não perder tempo. E hoje, por acaso, é mais um dia que eu não gostaria de perder tempo. 

Mas fazer o que? Qualquer coisa que eu vá fazer eu vou perder tempo. É um risco ocupacional. 

Por exemplo, agora eu me lembrei que talvez eu tenha que ir comprar carne para fazer para o almoço, porque a gente não comprou no final de semana. E também estou preocupado com o aumento da quantidade de contas que temos. E também estou preocupado que o carro não está com o consumo que gostaríamos. E se vc for procurando, vai achar outras coisas para se preocupar. 

Também estou preocupado e me questionando se eu coloco todas as contas no meu controle de contas ou se deixo do jeito que está, à moda caralho e vou fazer, até porque colocar essas contas em um nível de controle que estou pensando não faz muita diferença do ponto de vista de resolução, já que eu já controlo isso de uma forma aceitável ao longo do tempo. 

Ou seja, talvez eu não precise ter algumas preocupações e estou escolhendo tê-las para não me preocupar. Paradoxo que chama?

Parei alguns minutos para ir confirmando os horários dos pacientes ao longo da semana. Mas, como sempre, preciso ir ajustando aos poucos os horários, até porque essa semana eu tenho impedimentos importantes de agenda. 

Isso me toma um tempinho razoável. 


QUANDO VC PRECISA SE AJUSTAR AO HORÁRIO DOS OUTROS É FODA

Faz parte aceitar a falta de controle do outro

Como eu estou escrevendo com o que vem na cabeça, acho que faz sentido eu falar a respeito dessa dificuldade que eu tenho e que não está no meu controle. Quando vc precisa se ajustar ao horário dos outros é foda, porque toda a sua vida depende de respostas que dependem exclusivamente da rotina, no meu caso, dos pacientes, e seus imprevistos. 

Claro que não é algo que possa ser dito: oh, meu DEUS, que descontrole. Até porque eu mesmo posso aloprar e dizer que não posso algum horário ou substituir por alguém mais previsível. Mas o normal é que a gente tente atender a todas as pessoas que precisam. 

Mas agora estou tentando ajustar isso e nem sempre as pessoas se ajustam do jeito que vc quer... faz parte. Até mesmo porque eu estava lendo agora sobre o imprevisível, sobre a ilusão que nós temos que podemos prever o futuro com base no passado. 

Claro que há uma infinidade de coisas que nós colocamos em piloto automático, seja porque elas são repetitivas ou porque não queremos perder energia pensando. Mas nem sempre isso é possível. 

Por outro lado, eu até posso colocar em piloto automático as confirmações com os pacientes, o que não quer dizer que eles irão colaborar comigo como eu gostaria. E tá tudo bem. Mas semana passada eu passei um caminhão de tempo tentando ajustar horário de pacientes e não consegui 100%. 

Porém, se eu conseguir analisar isso em perspectiva, faz parte do meu dia a dia. Até mesmo quando eu tinha secretária, ela ficava entrando em contato comigo pra fazer esses ajustes. Ou seja, No final das contas, sou eu que tenho que ficar tomando a decisão final. 

Então, já que é assim, eu escolho como isso deve ser. 

Estou mandando as mensagens para as pessoas agora, 08:07 da manhã, mesmo sabendo que elas não irão responder agora. Os horários delas são diferentes do meu e preciso entender que isso faz parte. São elas que irão dizer. Mas eu preciso ter a ciência que eu já fiz o que está ao meu alcance e vou reagindo às respostas conforme elas acontecem. 

E não acho que exista outra forma de fazer isso... E tudo bem. 

Mas se eu fizer a minha parte, talvez eu consiga ter alguma previsibilidade em algo que não depende só de mim, o que por si só já traz um certo grau de tranquilidade. Quando eu deixo muito pra depois, costuma ser pior pra mim. Então, vamos fazer logo o que precisa ser feito. 

Além do mais, imprevistos que fazem vc precisar modificar sua rotina acontecem, mesmo que vc não queira. 


ATIVIDADES SOCIAIS QUE INTEREFEREM NA ROTINA SÃO BOAS, MAS...

O ser humano é social, aprenda isso

Nossa vida é social e não podemos viver numa ilha. A gente vive escutando essas coisas, concorda com elas, mas quando tem que sair da rotina é um DEUS nos acuda. Porém, talvez se isso não acontecesse, a gente não iria ter um tempo a mais, ia só estar o tempo todo trabalhando e fazendo o que é necessário e não se perguntando porque, no final das contas, serve esse trabalho. 

O trabalho é justamente para que vc tenha uma possibilidade de ter tempo e dinheiro para estar com as pessoas que vc gosta. E isso é o maior objetivo possível. O problema é quando o trabalho vira a meta pela meta. 

Essas atividades que vou ter essa semana, inauguração da empresa da Jéssica e aniversário da filha do DUDU são atividades pelas quais se encaixam no que acabei de falar: relacionar-se com as pessoas que eu gosto, estar com as pessoas que eu gosto e sair um pouco de apenas trabalhar. 

Mas é difícil porque vc acaba tendo que se estressar para atender as outras demandas. Acho que no final das contas, tudo se trata de atender demandas, sejam elas suas ou dos outros. 

Eu tenho refletido sobre o que eu tenho feito ultimamente para atender as minhas demandas, principalmente aquelas que são financeiras. E isso tem tomado um tamanho de preocupação, de forma que talvez eu não esteja bem dimensionado sobre os motivos e os limites, além do que eu realmente tenho para fazer o que eu preciso. 

E estou falando do cartão de crédito. 


PREOCUPAÇÕES FINANCEIRAS DEMAIS OU MAL DETERMINADAS?

Há como ficar calmo?

Se tem uma coisa que está me incomodando ultimamente é meu cartão de crédito, ou melhor, minha conta de cartão de crédito. Eu fiz uma alteração na rotina daqui de casa, dando um cartão pra esposa e pra filha pra que elas coloquem seus gastos pra que a gente tenha pontos para viajar. E a ideia não é ruim, já que esses gastos seriam feitos de qualquer maneira. 

O problema é que, quando chega a hora de pagar, eu tomo um susto e fico vendo que o custo disso é muito alto. Mas ainda não dimensionei se ele é alto mais alto do que antes ou se apenas é um reflexo de estar concentrando tudo em um único lugar. 

Não sei realmente qual é a verdade. 

Porém, também não posso negar que eu aumentei o meu custo de vida. Faculdade da esposa, terapia da filha, compras, uma série de coisas que antes não faziam parte dos meus custos normais do dia a dia. E nem foram custos de ostentação que aumentei apenas porque eu tenho  mais dinheiro. São coisas necessárias que foram sendo introduzidas na minha vida. 

Também tem o fato de que, ao colocar todas as contas no cartão de crédito, eu tiro do cartão de débito. Talvez porque antes eu pagava a maior parte das coisas no débito, eu já gastava relativamente igual, mas não reparava, porque saia diretamente da fonte. 

Uma coisa que me incomoda em ter colocado as contas no Itaú é justamente que tenho que estar o tempo todo medindo o quanto eu vou aplicar, pra não ficar sem dinheiro para pagar o cartão... ou seja, uma falta de controle e dependência do caralho ao longo do mês. 

Mas talvez isso tenha uma solução. Se eu determinar o quanto eu vou guardar durante o mês independente do quanto gastar, vou ter que dar um jeito de ter o dinheiro para pagar o cartão. Por outro lado, o problema é o quanto isso vai aumentar o meu estresse quando eu tiver algum imprevisto... 

Por exemplo, agora dia 5 eu pago o cartão e não posso colocar o dinheiro que ali está nos investimentos. E isso está me incomodando de verdade. 

Enfim, talvez há como dimensionar isso, pelo menos em parte. Mas isso me daria um certo trabalho em fazê-lo. Preciso definir se estou disposto a olhar para isso e valorizar ou se vou ficar com medo de fazê-lo, dando desculpas para não fazer e ficar estressado do mesmo jeito. 

O que eu sei é que, se eu não sei em que eu gasto, talvez eu não consiga tomar alguma atitude que faça realmente diferença na solução do problema. Não que eu não tenha pensado nisso, mas talvez eu possa estar colocando isso em um lugar desnecessário de importância. 

Enfim, como eu sempre falo, a ansiedade vem, na grande maioria das vezes, da dúvida. Então é melhor ter certeza, ainda que a certeza possa ser uma merda. 


COMO FAZER PRA TER CERTEZA DAS COISAS QUE ESTÃO TE INCOMODANDO?

Seja específico

Uma das coisas que eu tenho falado com meus pacientes é que o sofrimento, muitas vezes, se baseia em uma análise apriorística e generalizada de determinado problema. E é normal que nós vejamos isso como um problema maior do que ele realmente é. O ser humano vive pra evitar ter problemas, por mais que muitas vezes ele saiba que isso não está ao alcance dele. 

Mas, quando vc olha para os problemas que vc tem de forma específica, tenta entender o que está acontecendo de fato, sem que fique colocando camadas de imaginação, a solução do pior problema tende a ficar facilitada. 

E, mesmo sabendo disso, eu e as pessoas tendem a não se ligar que talvez não tenhamos controle de tudo, mas temos mais controle do que imaginamos. Só que talvez não queiramos saber por medo de não dar conta ou porque, no final das contas, saber vai nos obrigar a tomar decisões diferentes do que tomamos hoje. 

E por que isso é ruim? Por que, em princípio, as coisas podem sair do nosso controle (de novo) e não saberemos o que fazer se isso acontecer... paradoxo, lembra? Hoje não sabemos o que fazer e não queremos ter certeza que não sabemos o que fazer. Que porra de análise bosta nosso cérebro faz. O mais importante é evitar o problema, até que ele nos atropele. Aí enfrentamos. E o que acontece?

Geralmente temos que dar conta, de um jeito ou de outro. 

E damos, resolvemos, fazemos, cortamos na pele. E isso não é suficiente para que, de uma próxima vez, usemos essa capacidade pra acreditar na nossa capacidade. E eu sou uma prova disso. Quando eu poderia imaginar que o meu problema hoje seria que eu não estou conseguindo guardar o que eu gostaria de guardar?

Parece até uma certa insanidade pensar assim, do jeito que eu trabalho e com os ganhos que eu tenho "certeza" que terei se as coisas continuarem do jeito que estão. Mas elas vão?

E aí que talvez o raciocínio precise ser atualizado. Eu preciso lidar com o que eu tenho no momento de problemas, não com o que eu terei caso uma série de fatores se apresentem na minha vida. Vc não resolve nada com antecedência. Nós precisamos ter ciência de que um problema precisa existir para ser resolvido. 

Antes disso, vira um sem fim de evitações e sofrimentos desnecessários. 

Enfim, vamos pensando nisso e fazer as coisas do dia. Talvez eu faça mais um post com a lista das ações da semana passada. Parece que segunda-feira acabará sendo o melhor dia pra fazer essa postagem mesmo. 

Valeu



sexta-feira, 28 de março de 2025

Semana termina melhor do que começou

Algumas vezes não fazer nada na hora do estresse é melhor

 Bom dia seres etéreos que nunca estão aqui comigo. Espero que todos estejam muito bem, tranquilos em suas vidas. Pois é, a semana termina melhor do que começou. Eu achei essa semana muito complicada em termos de sentimento, ainda que ela não tenha tido nada de especial ou muito ruim. Alguns percalços de relacionamento - necessários - aparentemente superados e só. 

Claro que nem sempre estamos cientes de tudo que nos acontece, apesar de nosso cérebro percebê-lo. Ontem, por exemplo, fui cedo pra cama e pra dormir foi foda. Tenho a teoria que passar o dia com o sapato novo está fazendo isso. 

Se for isso, preciso tomar uma decisão diferente da próxima vez, seja não usá-lo quando for passar o dia no trabalho ou usá-lo apenas em um período pequeno do dia, tipo terça-feira, que só atendo no consultório de manhã. Pode ser uma solução pra esse mal estar na hora de dormir. 

Felizmente eu tive a presença de espírito de ir tomar banho e isso aparentemente me relaxou o suficiente pra eu conseguir dormir, já que eu não lembro de ter ficado me batendo muito depois disso. Claro que tive aquele acordar de madrugada e um retorno chato, mas que também não tomou muito tempo. 

Essa semana veio depois de eu ter aloprado semana passada e ter atendido quase 40 pessoas em uma semana. Usei a explicação que foi porque eu deixei o pessoal sem atendimento nas duas semanas que fiquei descansando após a cirurgia e foi isso mesmo. Me senti culpado por não ter dado atenção às pessoas. 

Porém, também foi por causa de estar precisando de grana pra honrar meus compromissos. De qualquer forma, essa semana eu fui mais "light", atendendo "só" 30 pessoas, fazendo um caminhão de encaixes pelo caminho. 

O povo me dá muito trabalho trocando de horário pra lá e pra cá. Por outro lado, comecei a atender uma série de pessoas novas, com valor agregado mais alto e que já senti que dei alguma ajuda em um primeiro momento, pelo menos eu espero. 

A não ser que uma delas tenha sido muito dissimulada, eu quebrei um estresse rapidamente ontem. Mas não me iludo, o buraco ali é bem mais embaixo. Não sei se o valor da sessão assustou a pessoa. Porém, ela não é uma pessoa pobre, muito pelo contrário. Então, teoricamente não teria que se assustar tanto com isso. 

Mas foi uma semana em que eu consegui atender praticamente todas as pessoas que precisavam e encaixar quase todas que estavam na fila, esperando para serem atendidas. Mas, honestamente, acho que já deu. 

Talvez muito do que eu tive de sentimento de cansaço essa semana tenha se dado por causa de uma semana tão agitada como a passada. Essa semana, apesar de também ter atendido bastante gente, não comprometeu tantos horários assim, tendo conseguido ficar segunda o dia todo e quarta fazendo as coisas da minha vida particular. 

Claro que essas coisas incluem também uma quantidade grande de bobagens pra relaxar, mas que também não dá pra não fazer no final das contas. Eu quero ter a possibilidade de fazer as coisas que são importantes pra mim, mesmo que seja só pra mim. 

E por que será que eu estou tranquilo em poder fazer isso, com zero culpa?


PRODUTIVIDADE NO TALO OU SEGUINDO MINHA PRÓPRIA RECOMENDAÇÃO?

Dopamina é motivação, não felicidade

Como vcs sabem, a alguns posts atrás (inclusive eu já o referi em outros textos), eu fiz uma pergunta para mim mesmo e comecei a ir atrás da resposta e a achei. Pelo menos em parte. Eu estava constantemente procurando algo para aprender e, depois de analisar e ter o insight, percebi que talvez não fosse bem isso. Eu estava em busca de DOPAMINA, devido ao meu probleminha já tão citado. 

Por alguma razão que eu não consigo definir, apesar de entender que eu sou um ser humano normal, apesar de ser psicólogo e ter um entendimento um pouco melhor da natureza humana (sem querer ser metido), eu não atentava que a biologia é, na maioria dos casos, definidora das minhas necessidades básicas e elevadas. 

Eu tenho um problema funcional de recaptação de DOPAMINA e a falta que isso fazia me impulsionava a só entrar em atividades que a produziam em profusão, deixando as obrigações para depois. Porém, qualquer atividade pode produzi-la, já que ela é um hormônio da MOTIVAÇÃO, não da felicidade. 

Mas, apesar de eu tomar meu medicamento e ele me ajudar MUITO nisso, eu continuava me sentindo com um misto de culpa e insatisfação por não estar aprendendo nada, mudando nada. E, óbvio, isso é uma mentira absurda. 

Até o dia que me caiu a ficha que a minha produção de DOPAMINA fica no talo quando eu consigo superar algum desafio, quando eu faço alguma coisa que estava evitando, por um medo absurdo que eu sequer sabia qual era. E passei a fazê-lo, com uma resposta rápida e absurda de satisfação pela quantidade de coisas que eu consegui resolver e que estavam encostadas. 

Além disso, após eu adotar e conseguir tornar um hábito registrar o máximo possível minhas atividades do dia, consigo observar que eu estou com uma produtividade (em termos de coisas feitas, não de importância) altíssima. Já que eu valorizava (e de certa forma ainda valorizo) a produtividade, teoricamente era pra eu ficar satisfeito. 

E, adivinhem... ESTOU MUITO SATISFEITO. Tanto que a tristeza dessa semana, tanto com a patroa quanto com a filha não me abalaram por muito tempo, comecei a agir de forma a entender o que estava sentindo, não me precipitar e agir na busca de uma solução boa, diferente o suficiente pra não ser apenas um espasmo. 

E tenho conseguido. 

Uma das coisas que me fez sentir culpado semana passada, além de puto, foi com a quantidade de atendimentos que eu fiz. E essa semana, à revelia de uma vontade absurda de continuar puxando meu limite ao máximo, eu simplesmente não fiz. 

Várias vezes essa semana eu só não fiz nada. E as coisas se modificaram na direção que eu queria, dando pra mim a possibilidade de agir em um momento muito melhor do que se simplesmente aloprasse e agisse de forma a evitar a dor. 

A dor faz parte. Ela fala algo pra vc. Escute sua dor. Ela não é boa nem ruim. Ela é necessária pra que vc comece a olhar para aquelas coisas que talvez vc tenha deixado de lado por qualquer motivo que seja, mas que necessitam de sua atenção antes de se tornarem algo muito difícil de resolver. 

Então, apesar dessa semana ter sido desse jeito, minha persistência mais uma vez fez com que eu usasse o que eu já tenho pra resolver os problemas e isso foi realmente a mudança de chave. 

O medo sempre vai permear nossa vida. Mas não quer dizer que vc vá passar a vida inteira fugindo de um perigo que vc não sabe que existe. Se vai fugir, descubra uma forma segura de descobrir se os motivos que te levam a pensar no medo são reais ou só imaginários. 

Valeu!!!



quinta-feira, 27 de março de 2025

Hoje eu estou melhor... post voando

Correria correria

 Bom dia, pessoas que não estão aí. Como falei, esse é um post voando. Tenho exatamente 6 minutos para postar, antes de começar as sessões do dia. E também como falei, depois de uma semana esquisita em seu começo, hoje eu estou melhor. 

Eu tenho pensado muito nisso em minha vida e acho que essa é uma verdade absoluta: as coisas tendem à média. Assistindo um vídeo de um cara que nem é tão referência assim, essa frase me chamou bastante a atenção. E é verdade. A felicidade também não dura o tempo todo, assim como a tristeza e outros sentimentos ruins. 

O problema é que para algumas pessoas (e espero nunca me tornar uma delas) as frustrações acumuladas fazem com que a pessoa desenvolva algo chamado desamparo aprendido. Em essência, a pessoa tem a "certeza" que nada irá mudar, continuará sempre muito difícil e ela não poderá fazer nada a respeito. 

A questão da perspectiva, a questão da crença na capacidade de prever o futuro, a descrença na possibilidade de desenvolvimento de habilidades faz com que as pessoas não consigam enxergar que elas podem fazer as coisas diferentes desde que entendam o que causou o problema que estão passando. 

Muitas vezes as pessoas dizem: eu já fiz isso e não adianta... durante algum tempo isso me fez ficar procurando outra forma de ajudar a pessoa. Porém, em algum momento, eu acabei por pensar: peraí, e se essa pessoa descrever como ela fez, será que o fez de uma forma que realmente facilitaria a solução do problema, o entendimento?

Dificilmente a resposta é sim. 

E comigo não, eu procuro dar uma direção, criar algo novo, tentar algo novo, em relação ao que eu vejo como dificuldade. 

Outra coisa importante, pra fechar, é que nem sempre as dificuldades são da dimensão e intensidade que nós pensamos. O ser humano foi feito de uma forma que a ansiedade é um mal e precisa ser evitada, muito mais do que o perigo ao que ela se refere. 

Tanto que muitas pessoas não entendem que aquilo que elas tem medo (aquilo que descrevem) não é o que elas realmente tem medo. O medo é da consequência a partir do momento que aquilo que pensam aconteça exatamente do jeito que pensam. 

Nessa dimensão, a fuga é a melhor saída. 

E eu tento não fazê-lo, mas não sou perfeito.

Felizmente pra mim, essa foi mais uma vez que eu deixei as coisas acontecerem pra poder fazer um julgamento melhor. 

Vamos que vamos. 

PS: O teclado do consultório é uma bosta, só serve pra quebrar o galho mesmo, puta que pariu. 

Valeu!

quarta-feira, 26 de março de 2025

Ontem foi um dia difícil


 Bom dia, pessoas que não estão lendo meu post e não podem me dar algum aconchego. Espero que todos estejam bem. Pois é, ontem foi um dia difícil, fiquei bem triste com alguns acontecimentos aqui em casa. Cheguei a cogitar não trabalhar ontem, mas não vou desistir de fazer minhas obrigações por problemas emocionais meus. Minha reação aos problemas não pode fazer o barco parar de andar. 

Sempre tive isso muito forte na minha cabeça. Ao longo do tempo que estou em Curitiba, minha vida tem sido uma sequência de decepções muito fortes, principalmente no que tange o meu trabalho. E isso nunca me deixou mal por muito tempo. De fato, não lembro, nem nos piores momentos, de mim parando de ser o que eu gosto de ser. 

Amorosamente também tive muitas decepções e fiquei algumas fases cabisbaixo. E essas sempre tiveram uma intensidade aumentada, com TODAS as pessoas com quem tive envolvimento. E mesmo isso eu consegui superar por olhar para minha vida e para o que é importante para além daquilo que estava sendo feito por mim por quem quer que seja. 

Porém, de uns anos pra cá, passei por algumas fases no meu casamento que foram muito difíceis, algumas criadas por mim mesmo, principalmente no início e depois por interações do casal, dificuldades de compreensão e até mesmo pentelhação. E superamos todas, felizmente. Talvez por isso, ao contrário de outros casais, nós estamos melhores hoje do que estávamos até mesmo no início do casamento. 

Com a evolução do meu relacionamento, nós tivemos nossa filha maravilhosa e, como sempre, filhos sempre geram uma necessidade de adaptação no casal. Não é fácil uma criatura rebelde e revoltada na sua frente, sendo injusta com você, como nós vemos com tantos casais aí fora e até mesmo na nossa família. É duro e tenho tentando dar o apoio e suporte necessário para que a gente caminhe junto e ensine a monstrinha a ser uma pessoa melhor. 

Mas isso não quer dizer que eu não tenha medo. Muitas vezes, e eu pensei nisso ontem principalmente depois de atender uma das minhas pacientes, eu não tenho (sentimento, posso estar errado) suporte. E eu sou o suporte de tudo, de todas as demandas, de todos os sofrimentos, de tudo. Só que, quando sou eu, parece que tenho que ser perfeito, que não faço nada, que os problemas são minha responsabilidade. 

E isso é duro. Eu estou sempre tentando acertar. E se tem algo que eu detesto é ser acusado de algo que não é culpa minha. Ser acusado de coisas que não fiz me tiram do sério. Para outras merdas, eu até escuto e não me manifesto, mas quando sou acusado não consigo, é automático, nem com remédio há como segurar minha reação. 

E ontem, depois de MUITO tempo, tivemos uma discussão por causa dos comportamentos atuais da filha. Não há como dizer que o comportamento dela é responsabilidade de só um do casal, é dos dois. Ambos estão errados, talvez em situações diferentes, mas ambos. Quando eu recebo a paulada falando que o problema sou eu que estou causando "porque vc faz tudo que ela quer", me sinto muito injustiçado. 

Primeiro porque não é verdade. De manhã eu a agrado sim, porque criei essa expectativa desde o começo e não me custa, além de apressar a nossa saída de manhã. Depois que eu estou pronto, o que me custa ajudá-la?

Sim, são coisas que ela poderia fazer, mas ela faz de um jeito tão legal que sinto que ela não faz por abuso, mas por necessidade de proximidade. E eu estarei sempre aqui, dando a proximidade que ela quiser. 

Por outro lado, muitas vezes, eu tendo a me isolar depois do trabalho e poderia estar mais próximo tanto dela quanto da mãe. Mas, muitas vezes, quando eu faço o movimento de aproximação, na hora que eu posso e quero, está errado. 

Triste isso. E não consegui disfarçar falando com minha mãe. Mãe é foda mesmo. Ela notou na minha voz que eu não estava normal ontem. 

Fiquei mal, triste, aborrecido. O mais engraçado é que não fiquei com raiva, o que considero bom. Aceitar a raiva como um sentimento normal é um desafio que eu costumo enfrentar, bato nessa tecla, assim como a culpa. Mas, honestamente, não foi o caso ontem. 

Óbvio que eu me preocupo com minha filha, o que eu fizer vai gerar pra ela, a questão do estudo, da ansiedade, dela estar engordando, enfim, dos problemas dela. Mas não me meto, agora ela é adulta e preciso deixar ela resolver os problemas dela, estando presente pra ajudá-la quando precisar e eu entender que é meu papel. 

Gostaria muito de arrumar um jeito de fazer minha filha ter um bom relacionamento com a mãe. Ela tem uma visão distorcida (mas não só dela, de mim também, mas talvez porque passam mais tempo juntos) das nossas reações, levando tudo para o lado de uma cobrança, sendo agressiva e defensiva na sua fala. 

Se eu pudesse pontuar algo que, uma vez colocado em pratos limpos e enfrentado por nós, me deixaria mais tranquilo, seria resolver isso. 

Até mesmo porque, a partir do ano que vem, ela vai desgarrar da gente e vai pra universidade. Rezo muito pra que os meus ensinamentos possam protegê-la do assédio de pessoas mal intencionadas na universidade, transformando ela numa pessoa detestável, como tantos exemplos que a gente  vê por aí. 

Não existe tristeza maior na minha vida do que me afastar da minha filha. Nada supera isso. E vou lutar contra isso toda minha vida. Só não posso, com isso, dar a entender a ela que ela pode tudo na vida. 

Eu tenho uma série de dúvidas sobre os limites que eu posso colocar e se devo colocar, se isso é adequado, se não vai gerar mais problemas depois, ainda que eu entenda que se ela estiver fazendo algo errado, a dúvida acaba. Nesse caso, a dúvida está justamente em não conseguir definir, para algumas coisas, o que é certo ou errado. 

E ela tem uma dificuldade muito grande de admitir os erros e pedir desculpas. Acho isso abominável e muito triste. Primeiro porque gera uma sensação de tristeza, raiva e impotência em quem ela magoa e ignora. Segundo, ela vai ter problemas com isso na vida que nem imagina. 

Admitir os erros faz vc se tornar uma pessoa melhor pra vc e para quem convive com você. É uma habilidade que eu tenho, ainda que a porra da razão muitas vezes me faça não admitir. Mas eu não tenho problema nenhum em pedir desculpas se magoei alguém pela forma como eu fiz, ainda que eu entenda que o motivo seja correto. 

Vc não precisa magoar as pessoas que ama de forma intencional quando o que vc quer é apenas uma compreensão e uma atitude quando vc faz a crítica, quando faz a cobrança. A pessoa precisa entender que é amada, mesmo quando criticamos. 

Mas... isso vem de casa. A mãe é absolutamente refratária a qualquer tipo de crítica, ideias diferentes, opiniões dissonantes, já se armando, mesmo quando o que é falado tem um papel meramente informativo ou educativo. A reação emocional é intensa até mesmo quando eu falo da forma de dirigir. Nunca minha intenção seria falar a respeito da pessoa. Eu falo do que estou vendo, dou dicas. 

Pelo menos hoje ela se manifesta e me pede pra parar. Nem sempre eu percebo que estou magoando (PORQUE NÃO É NEM NUNCA SERÁ) minha intenção. Não sei como isso pode ser tão difícil. 

E pedir desculpas... não lembro se ouvi alguma vez na vida. 

Que fique claro que isso não signifique que não existe amor, respeito, compreensão. Mas esse lado... mas é como se diz, quando vc casa com uma pessoa, vc casa com as qualidades dela que vc entende que fazem vc admirar. Mas os defeitos vem junto. 

Enfim, vamos continuar na luta pra fazer a filha entender que somos aliados, não adversários, mesmo que não a deixemos fazer o que ela quer (até mesmo porque, se deixarmos ela fazer o que quer, ela vai estar fudida na vida). Se ela não aprender a lidar com perdas, com limites, nunca vai se desenvolver e vai virar uma reclamona como muitas que eu vejo por aí. 

Enfim, não gosto de fazer relatos assim. Prefiro quando estou com raiva. Mas as coisas amenizaram por aqui. Ainda sinto uma tristeza de fundo, mas vai passar. Espero que logo. 

Valeu

A bonança sempre vem


segunda-feira, 24 de março de 2025

Missões da semana passada e o seu desfecho


 Estou aqui de novo, nobres inexistentes. Então, tentando manter o padrão de registrar as missões que estão no quadro, ainda que nem todas as coisas que eu tenha feito ou precisei fazer estejam nele. Mas acho que é importante dar uma repassada geral no que foi a semana passada, mesmo que eu não tenha feito muita coisa pela profunda falta de tempo. Pelo menos lembro do que fiz e do que não fiz. 

Vamos lá. 

14/03

1) Terminar Interactive Brokers - Bom, como sabem, negado. Mas dinheiro de volta. 

2) Levantamento de dados para o IRPF 2025. Feito também. Aparentemente todas as fontes de dados estão batendo. 


17/03

1) Aplicação para Tasty trade - Não deu

2) Atualização últimos pagamentos - fiz, mas já preciso atualizar de novo

3) Brotando - fiz, mas curtinhos, antes de ir trabalhar

4) Blá blá blá


18/03

1) Ir atrás de orientação profissional Le - escolhida. Hoje noite primeira

2) Conta banco para Lê - Não

3) Post brotando - acho que sim

4) Liberar bb iphone - não, mas também não sei se eu quero. Dúvida ainda

5) Controle pagamentos planilha excel ao invés de papel.. Não sei


19/03

1) Pagar IPVA - Não


20/03

1) Eu tenho como alterar arq. nuvem? Google drive é seguro? Olha, todo mundo usa...

2) Cobrar segunda sessão Ágatha - fazer hoje


21/03

1) Mudar psicomanager para Itaú

2) Modificar tudo que está nos outros cartões para Itaú

3) Saiba onde está - sei lá porque falei isso, mas talvez seja um bom pensamento

4) configurar página inicial e aparência brave - zero prioridade

5) Por que algumas páginas não abrem no Brave - isso é importante, senão vou ter que parar de usar.


Enfim, então foram essas as anotações da semana passada. Deve ter mais coisa no caderno e vou dar uma olhada, mas no quadro era isso. Vou atualizá-lo, já que eu tenho tempo hoje para fazer as coisas (pelo menos até agora). 

Valeu!!!

 


Um dia que eu preciso parar e pensar sobre como eu estou


 Bom dia a todos aqueles que não estão lendo esse post. Honestamente, hoje é um dia que eu preciso parar e pensar sobre como eu estou, porque estou realmente com dificuldade de definir meu estado, o que fazer, o que quero fazer, o que preciso fazer e como quero ficar daqui pra frente. E não conseguir definir bem o meu estado me dá um estado meio esquisito de ansiedade controlada. 

Algo que eu não pensei até aqui é que eu, apesar disso, não estou preocupado na essência, com algo que estou devendo, que  precisa ser feito, ou que eu estou procrastinando. Absolutamente. Apenas um vazio de objetivo. Teoricamente estar vazio não é ruim, apesar de ser estranho. 

Talvez se eu narrar o final de semana melhore um pouco. Melhor, narrar o final de semana após a primeira semana de trabalho. Não a primeira semana do ano, ou ano novo ou coisa do tipo, ainda que, se eu pensar bem como funciona o brasileiro, pode ser chamada assim mesmo. 

Normalmente o brasileiro médio gosta de dizer que o ano começa apenas depois do carnaval. Eu tenho realmente uma discordância grande disso, ainda que, se eu analisar meus atendimentos, antes do carnaval meus atendimentos giravam em torno de 20 a 25 por semana. Mas não porque eu não quis atender mais, as pessoas estavam desmarcando. 

E semana passada eu bati todos os recordes possíveis da minha vida como psicólogo, não em horas de trabalho, mas em horas de atendimento: 39. Seriam 40, mas minha namorado de 83 anos não veio na hora prevista e eu decidi não atendê-la. De certa forma até agradeço no final das contas. 

Além disso, final de semana que teoricamente nós iríamos descansar, tínhamos um evento da comissão de formatura da filha e ficamos a manhã inteira vendendo doces para o povo lá. Gostei, legal estar com o povo, mas foi cansativo. 

Depois disso, o final de semana foi só sono. Sábado ficamos os três na cama até umas 10 da noite. Até achei que ia varar a noite, mas lá por 2 da manhã já me deu sono de novo. Dormi e acordei quase 11 da manhã de ontem. E lá pelas 10 da noite já estava acabado de sono de novo. Acho que eu estava cansado. 

E, apesar de dormir bastante (e acordar cedo, nossa rotina semanal) eu acordei meio acabado hoje. Talvez eu não precisasse tomar o remédio, mas não queria quebrar essa rotina também. Mas acordei esquisito. Mas final de semana também estava esquisito, não encontrei nada que me desse tesão de fazer. 

E, sem medicamento, fiquei vendo vídeos e vídeos. E estava sem paciência, não assisti nenhum vídeo até o final direito, com tesão. Sempre as mesmas coisas de sempre, blá blá blá... , principalmente investimento. 

Enfim, terminei assim o meu domingo. Não estava chateado nem puto. Mas neutro. E neutro não é bom nem ruim, mas fiquei com a dúvida se eu perdi o meu tempo. E, honestamente, não consigo ver que perdi no final das contas. Não deixei de fazer, não procrastinei nada importante. Ou seja, está tudo bem. 

Mas a ideia de não ter alguma coisa legal pra fazer, algo que seja novidade, que me dê tesão, é foda, me sinto meio sem direção...

Talvez essa seja a sensação de hoje, uma falta de direção chata. Até semana retrasada eu estava com o foco de resolver os problemas pendentes que eram mais prementes. Fiz. Semana passada, não fiz absolutamente nada que eu gostaria de fazer, mas não porque não quis, porque não dava mesmo, tinha mal uma hora de almoço e mesmo assim parecia que passava de um jeito absurdamente rápido. 

Não estou chateado por estar sem produtividade. Vou fazer o que é preciso e ponto. Apenas gostaria de ter algo interessante, divertido ou necessário pra fazer hoje, de preferência que eu gostasse e me desse uma sensação de que estou em uma direção que me faz bem estar. 

Mas enfim, ainda não tenho essa direção, mas tenho coisas a fazer. Vamos fazê-las, então. 

Ah, uma coisa importante que não falei, é que eu estava em modo comer no final de semana. Fiquei beliscando, coisa que não faço durante a semana. Não quero engordar de novo. Talvez por causa dessa falta de direção, não sei. 

Felizmente, consigo dizer que comi menos do que comeria antes da cirurgia, pelo menos eu acho. Mas não quero voltar a engordar. Então, é importante ter cuidado. 

Valeu!!!



quinta-feira, 20 de março de 2025

Tudo parece tranquilo, apesar de MUITO trabalho

Estranhamente tranquilo

 Olá pessoas que não estão aí. Espero que todos estejam bem. Estou tentando postar todo dia, mas essa semana depois que retornei a atender tá complicado. Começando muito cedo todo dia tira nossa capacidade de fazer coisas além de trabalhar. Tudo parece tranquilo, apesar de MUITO trabalho, o que teoricamente faria com que eu tivesse paz. 

E, honestamente, mesmo com o remédio, minha ansiedade tá bem sob controle. Ontem eu tomei dois cafés com cafeína (e acho que não é legal eu fazer isso) e não aumentou minha ansiedade. Ou eu não senti por estar o tempo todo atendendo as pessoas no consultório. 

Caraca, essa semana realmente eu estou trabalhando todo santo dia. Mesmo nos horários que eu não estou trabalhando, acabo tendo que resolver alguma coisa. Então, se eu achei a semana passada produtiva, essa tá no talo. 

Claro que o tipo de produtividade é diferente. Semana passada eu estava fazendo um caminhão de enfrentamentos de coisas que eu estava procrastinando e que precisavam ser feitas, o que me trazia uma puta sensação de capacidade e motivação a cada desafio vencido. Essa semana estou tendo avanços importantes com alguns pacientes, ainda que alguns deles não vejam assim, mas é rotineiro. 

Mas é ruim porque é rotineiro? Claro que não. 

Acho que economiza a mente o trabalho rotineiro, o que vc já sabe fazer, o que vc já é bom. Não precisa fazer um esforço grande de enfrentamento, basta deixar a roda rodando. 

Porém, apesar de obviamente isso me dar paz no meu trabalho, eu tenho muita vontade de dar um passo além. Eu sei que eu posso, eu já fiz, mas fico me perguntando (de uma forma que as pessoas normais não fazem, mas eu faço com meus pacientes, funciona, então faço comigo) o que eu vou perder ao fazer isso, o que estou disposto a perder, o que vai ter que sair pra isso entrar. 

Não que eu tenha tantos problemas assim com mudanças. Mas uma mudança que implica em eu deixar de fazer algo que eu gosto ou introduza algo que eu não gosto, mesmo que temporariamente, gera em mim um certo grau de resistência em fazê-lo. 

Aí, claro, vem o "eu faço depois, amanhã, ano que vem, segunda, NUNCA". 

Vi isso ontem quando falei com o João após a consulta com a Carol. Eu não estava convicto de que ele era TDAH, mas eu não tinha estabelecido um diagnóstico (algo que eu nunca gostei de fazer, baseado numa regra, máxima ou o que vc quiser chamar) de que aquela pessoa na minha frente não precisa de um diagnóstico, ela precisa de ajuda. 

Preciso ser capaz de fazer isso de forma aberta, já que de forma "fechada", pra mim, eu tenha o conhecimento do que estou fazendo e do que é necessário. Talvez isso expanda meus horizontes e ajude mais ainda as pessoas. 

Mas enfim, acho que, apesar disso, consegui equilibrar as coisas de um jeito aceitável. E poderia até aproveitar isso para subir um degrau, quem sabe?

Valeu!!!



quarta-feira, 19 de março de 2025

Aproveitando que acordei mais cedo pra postar


 Bom dia, nobres pessoas que não estão aí porque devem estar dormindo. Pois é, estou aproveitando que acordei mais cedo pra postar. Já que essa semana meu tempo vai ser desse jeito, apertado, estou aqui aproveitando uns 10 minutinhos pra adiantar a fatura. 

Mas deixa eu pegar um cafezinho que já fiz. 

Estou num dilema se vou tomar banho logo e aí eu tenho tempo pra escrever mais ou escrevo logo. Mas já que já estou aqui, vamos escrevendo. 

Após o estresse com a porra da Interactive Brokers, hoje estou Zen em relação a isso. Fiz a solicitação pra WISE e o dinheiro foi devolvido de boa, sem demora. Até estranhei, já que a expectativa que eles me deram era de 14 dias. Muito bom. 

Quando eu olho para os meus controles de coisas pra fazer, eu vejo que tenho pouquíssima coisa a realizar, ainda que ainda tenha algumas coisas que não estou fazendo. Mas, na maioria, eu não tenho mais nada que me incomode a fazer. 

Porém eu estou com aquela sensação que estou deixando de fazer algo e ela é muito ruim. Fico um pouco apreensivo com isso. 

Eu tenho, na medida do possível, anotado tudo que eu me lembro tão logo venha na minha cabeça. De vez em quando vem a lembrança de algo pra fazer e, logo na sequência, eu esqueço. Então, na medida do possível, eu tenho registrado. Mas não de um modo organizado. 

Claro que estou melhor que antes nisso, mas aparentemente eu preciso melhorar bastante. 

Lembrando que a minha falta de dopamina no cérebro é a responsável por isso. Por exemplo, ontem, atendi 9 pacientes (porque não quis comprometer todas as horas). É uma quantidade razoável de produtividade, não acha?

Essa semana comprometi meu tempo livre pra caralho porque fiquei duas semanas sem trabalhar. Logo, eu não posso reclamar de estar recuperando o tempo perdido. Até porque eu preciso pagar minhas contas e não quero ficar no perrengue mais um mês, o que me deixou bastante estressado nos meses anteriores, sugerindo até fazer o post de não ficar sem postar três meses. 

Mas, graças a DEUS, faltar trabalho não vai. Acho que o meu maior desafio é (e tem sido) não comprometer todas as minhas horas com trabalho. Senão, eu não vou ter tempo pra mim e isso é uma bosta. 

Eu quero, ainda que seja um sonho, voltar a fazer exercício. o correto correto seria entrar em uma academia. Mas não me vejo perdendo tempo com isso hoje. Então, talvez, se eu começar a fazer caminhadas, pode ser que eu me anime e melhore a minha capacidade física. 

Não sei, preciso pensar a respeito. 

Fato é que não dá pra negar que, depois dos 50, se vc não fizer, a gente compromete pra caralho a capacidade física. 

Sei lá. 

De qualquer forma, se eu não tiver tempo, ficar trabalhando pra caralho, como eu vou ter tempo pra fazer as coisas que eu preciso e gosto?

Acho que isso meio que encerra a questão. Não dá pra ficar aumentando cada vez mais a quantidade de pacientes. Além de me estressar, vou ficar entediado e não vou querer dar o melhor de mim. 

Questões pra pensar. Mas agora vou tomar banho que preciso levar a filha na escola. 

Valeu!!!



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...