quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Reflexões importantes para o dia de hoje

Buscando me acalmar pra ajudar

 Bom dia, nobres pessoas que aí não estão. Espero que estejam todos bem. Pois então, tem acontecido um montão de coisas na minha vida, a maioria provocada por mim e todas as outras que estão em processo de resolução estão em andamento, com um prazo relativo para tomar alguma ação. Mas resolvi hoje escrever sobre algo que é importante pra mim. 

Bom, como vcs viram, eu parei na metade esse post. Não que eu não tivesse o que escrever ou que foi uma falácia, mas eu optei por não escrever online as minhas reflexões. Elas diziam respeito a meu trabalho e eu não quis correr o risco de me foder por causa disso. 

Mas, de qualquer forma, eu irei fazer esse post hoje porque o que era importante ontem não deixa de ser importante hoje. E eu posso acrescentar mais algumas coisinhas. Porém eu não vou escrever demais porque talvez hoje seja a última quarta-feira que eu terei tempo na parte da manhã para fazer o que é importante por mim. 

Como vcs viram no post anterior, eu decidi que iria livrar um dia da minha semana pra ficar de folga. Na prática, eu tornei o meu final de semana algo estendido, agora com três dias. Isso não é ruim, mas eu agora me vejo no dilema de lidar com colocar São Paulo dentro do Rio de Janeiro. A tarefa não é fácil. 

Claro que eu, numa semana normal, não trabalho com a quantidade total de pacientes que eu tenho. Muito difícil mesmo. Mas não quer dizer que não possa acontecer. 

Ou seja, se as coisas continuarem do jeito que estão, vai dar. Mas vai ter um preço bem alto. Vou ter que trabalhar bastante nos outros dias pra compensar a "perda" desse dia de atendimento. 

Mas - e quando a gente diz mas quer dizer que nega tudo que falou antes, mas não é o caso - vale a pena. Sacrifico uma manhã pra ganhar um dia inteiro, ao invés de ter duas manhãs. Eu acho bom, inclusive quando eu precisar viajar. 

Mas não era esse o assunto importante, ainda que esse seja importante também. 


NOVOS DESAFIOS NO TRABALHO

Será que é tão novo assim?

Eu comecei a pegar muitos pacientes, mesmo que a minha capacidade estivesse no limite. As pessoas não acreditam quando eu falo que estou no limite do meu tempo e, claro, da minha sanidade. Por isso que eu tomei essa decisão de livrar um dia da semana. Eu, honestamente, preferiria que tivesse livrado a quarta-feira. Dois dias de fumo e 1 dia de descanso, depois mais dois dias de fumo. 

Funcionou bem durante um tempo. Depois que eu passei por aquele burnout na pandemia, foi a solução que eu achei. 

Bom, mas um dos motivos dos desafios foi um dos pacientes que eu aceitei. Ele tem um problema chamado jogo patológico, que é bem grave, foi indicado por uma paciente, que é muito, digamos assim, invasiva, uma família muito doente, uma disposição e motivação pra mudança de merda e eu tendo que estudar a respeito e buscar uma forma de ajudar o cara e trazê-lo pra terapia. 

E, meu amigo, eu não gosto de paciente não colaborativo, que eu tenho que tirar leite de pedra. Tanto que eu já vi que estou evitando alguns pacientes (um, na verdade) por causa disso. Não me ajuda em nada, eu que tenho que cavucar pra achar alguma coisa. 

Mas não se enganem, a vida de um profissional que trabalha com o que eu trabalho nunca é fácil. Ela pode ser facilitada pelos pacientes, mas nunca é fácil. Até porque o sofrimento das pessoas não é intencional. Ninguém quer sofrer por escolha própria. Mas não quer aceitar que talvez o problema tenha sido causado por ela mesma. 

Ninguém quer estar errado, mesmo que se foda com isso. Pois é. 

Se eu olhar para meus pacientes hoje, pouquíssimos eu não quero mais atender. Tinham alguns que eu rezava para desmarcar, mas esses estão aos poucos saindo porque alcançaram onde queriam (ainda que eu fique me cobrando) ou porque cansaram. Independentemente disso, um estresse a menos. Ter que ajudar uma pessoa que está entediada porque está tudo bem e quer fazer algo a mais é tirar leite de pedra. 

Possível? É. Mas é foda hein?

Talvez eu esteja focado demais no problema e deixando passar o fato que esta pessoa estava bem. Enfim, foi-se e espero que ela ache seu caminho. O outro eu tinha que ficar falando sobre as coisas e as minhas falas acabavam no "entendi". Mas entendeu o que, o que vc pode fazer, quais as mudanças vc precisa implementar? Pois é. 

E esse paciente é mais silencioso e mais preso na ruminação. Mas uma coisa boa é que na última sessão apareceu o desejo dele provar que é melhor do que as pessoas pensam. O problema é que ele não vai ter o que quer, porque nem um louco daria pra ele dinheiro pra iniciar um negócio com o problema que ele tem. 

Então, vai ter que ser na raça mesmo, melhorando as relações dele e talvez, aí, ele consiga. 

E ainda tem o fator paciente e família querendo interná-lo a qualquer custo. Não entendi AINDA qual é essa demanda. 

E eu teria que cancelar todos os meus pacientes de amanhã à tarde porque não podem no dia que eu posso. Não vou fazer isso. Não é justo com meus outros pacientes. 

Enfim, desafios. 

Mas há outras coisas a serem ditas também. 


DECEPÇÃO COM ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL É FODA

Expectativa alta, queda grande

Fiz um curso com o Paulo, meu amigo da faculdade, esperando que tivesse a mesma pegada e a mesma qualidade que os outros. E eu achei que me ajudaria com esse paciente. De alguma forma, me chamou a atenção para o que eu chamo de solução de problemas e a sua validade pra lidar com pessoas ansiosas, mas toda a expectativa que eu tinha na segunda, caiu na terça. 

Foi uma merda. 

Porra, e todos os outros cursos foram muito bons, esse foi foda no final. Uma pena. E eu gastei 1k nessa porra, isso que é foda. 

Mas enfim, vale mais a pena a gente estudar mesmo e construir por nossa conta ou pagar uma supervisão, se for realmente o caso. 

Vamos que vamos. 

Agora comecei a ver coisas que atraplaham o raciocínio. Foda. Vamos ver se consigo pensar ainda. 

Na verdade, não vou pensar mais. Fui. 

Valeu!!!



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