quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Onde que aprende a fazer as pessoas que amamos se abrirem?

Exagero de preocupação?


 Bom dia, seus inexistentes. Estamos aqui de novo, nesta quinta-feira de atendimento mais cedo, escrevendo um post rapidinho pra vcs. Eu novamente achei que não teria assunto, mas dada a quantidade de pensamentos que eu tive da volta do colégio de Le até aqui, mais uma vez pensar isso não faz sentido. E, falando em Le, tava de mau humor hoje a criatura. Pelo menos 3 patadinhas leves e depois não recuperou. Onde que aprende a fazer as pessoas que amamos se abrirem?

A mãe está preocupada com ela. E a mãe estar preocupada está me deixando preocupado. Mas minha mulher é uma pessoa ansiosa, ainda mais que eu. Existem preocupações que existem e precisam ser pensadas, definidas e resolvidas e aquelas que se baseiam em hipóteses. Essas são as fodas de resolver. 

Óbvio que há elementos para nos preocuparmos. Esse ano foi ruim para ela na escola, a ponto dela nem fazer questão de ir, ao contrário de muitos outros anos. Tudo por causa de um grupo de filhas da puta da escola dela. Cara, que raiva desses adolescentes egoístas desgraçados, principalmente meninas. Como são maldosas essas filhas da puta. Depois se fode na vida e fica reclamando. 

Ela não parece deprimida pra mim, ao meu ver. Mas ansiosa, sim, e isso precisa ser trabalhado. Não entendi porque ela parou a terapia. Será que realmente tem a ver com o fato dela achar que estou gastando dinheiro demais com ela? Pra bobagem não vou dar, mas pra isso sem dúvida. 

Seria até um contrasenso não fazê-lo. 

Mas não sei se ela se abriria o suficiente com a Ana. Minha filha é muito fechada e eu fico pensando, baseado na análise do comportamento, quais são os comportamentos que eu e a mãe estamos tendo pra que isso acontece, pra que ela não se sinta à vontade pra falar a respeito de si mesma e seus problemas. 

Talvez esperando que eu tenha uma atitude intempestiva que a coloque em maus lençóis, será isso? Não dá pra ficar esperando, mas eu preciso estar mais atento a isso. E, pra isso, preciso ficar mais com ela. As conversas acontecem nos momentos mais insólitos e inesperados, então a presença faz toda diferença. 

Não quero também ficar pressionando ela pra falar sobre coisas que não existem, não adianta porra nenhuma. O que vamos pressionar é sobre a forma dela lidar conosco, sobre assumir as responsabilidades que a mãe e eu determinamos e, claro, aquilo que ela já brilha, que é o desempenho na escola, honestidade, clareza. 

Realmente sinto muito mesmo ela ter passado por estas merdas na escola. Cara, como eu me arrependo de deixar ela se relacionar com esta filha da puta. Lembro que na época fazia sentido, mas caralho, que raiva. Que ela possa dar a volta por cima disso, usar isso como um sinal de que precisa ampliar a vida dela e seguir em frente, porque na vida é assim que funciona. 

Nunca senti ou tive essa porra na escola. Depois de velho, no IPP, eventualmente eu me sentia rejeitado pelos atuais sócios, mas mesmo isso era uma falsa impressão. Talvez porque eu quisesse mais e esperasse mais e não estava presente o suficiente para perceber que isso acontecia. 

Tanto isso era um pensamento completamente abobalhado que TODOS me convidaram para serem sócios com a gente no Instituto. Acho que isso foi a maior honra que já tive, além de ser um destruidor de crenças idiotas que eu estava formando na época. 

A única pessoa que eu conversava é a única que agora não tenho afinidade nenhuma no momento. Claro que não tenho contato com os outros (e alguns nem faziam questão e muito menos eu, mas há uma certa educação e afinidade). 

Enfim, isso é viver. Eu não tenho como protegê-la de tudo. Ela precisa passar por essas situações na vida. Mas eu nunca passei por uma rejeição dessa maneira ao longo da minha vida escolar, pelo menos não que eu me lembre. Talvez porque no ensino médio eu estudei à noite e adultos normalmente não são assim. 

Aliás, passei sim, com meu querido amigo que de uma hora pra outra deixou de sê-lo e, depois, ainda achou que poderia mandar em mim, principalmente querendo que eu quebrasse algo que eu tenho como muito valioso, que é a ética profissional. Nem fodendo. Perco a amizade mas não coloco meu nome, minha ética, meu respeito, em jogo. 

Fora isso, muita coisa aconteceu ontem, fiquei triste mas ao mesmo tempo feliz por ter dado início a um processo de solução muito doloroso que aconteceu ao longo do tempo. Mas eu já comecei a pensar que isso era necessário e, por me conhecer, sei que isso não vai pesar depois. Vou esquecer, como já fiz com tanta coisa na minha vida. 

Bom, com o tempo que eu tenho foi o que deu. 

Abração aí pra vcs, apareçam... kkkkkkkkkkkkkk. 

Valeu!!!!



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