sábado, 2 de junho de 2018

Depois da tempestade vem a bonança


Bom dia, amigos. Ontem foi um dia difícil, em muitos aspectos. Mas não consegui entender direito porque foi tão mais difícil que eu imaginava. Pela primeira vez, eu fiquei triste com as coisas e não puto. Pra falar bem a verdade, fiquei puto sim, mas a tristeza veio forte. Dessa vez deixei ela agir. Não fiz força pra passar.

Seria o primeiro dia de atendimento que eu faria na semana. Isso, por si só, já seria uma vitória, já que eu fiquei a semana toda parado por causa da porra da greve dos caminhoneiros. Mas acabou gerando uma constatação estranha, ainda que meio visada: pacientes a menos pra atender.

E essa constatação poderia ser normal, se não fosse acompanhada dos outros acontecimentos. São eles:

1 - Reunião sócios;
2 - Recolhimento cadeiras;
3 - Crédito a menos do que esperado;
4 - Percepção de atendimento ruim;
5 - Chuveiro com problema;
6 - Mulher doente;
7 - Confiança nos outros abalada e sem conseguir resgatá-la;
8 - Perda crachá;
9 - Autocrítica pesada por ter dado esse mole
Por aí vai.

Deve ter mais coisas que aconteceram essa semana, mas ontem foi o dia mais estranho dela.

ATENDIMENTOS "PESADOS"


Normalmente eu não me abalo com a situação dos pacientes. Entendo bem a dinâmica dos sentimentos humanos e não me deixo levar pelas tristeza dos pacientes, a não ser em um caso especial: quando não consigo ajudá-los da forma como eu acho que deveria.

A situação da maioria das pessoas é sempre dependente dos relacionamentos que ela tem e da forma como ela lida com eles. Somos escravos da sociedade e, na maioria das vezes, essa escravidão é uma via de mão dupla, ambos estão dentro do mesmo problema, sofrendo juntos e, normalmente, querendo parar de sofrer juntos.

Os pacientes da manhã foram mais leves, com problemas passíveis de solução mais acessível, com boas reflexões e boas perspectivas, ainda que de médio e longo prazo em alguns casos. Ok.

O problema foi na parte da tarde. Um atendimento devido uma crise e uma dificuldade de lidar com a diferença e com o sofrimento do parceiro. A pressão entre o casal foi tanta que já me deixou  meio sem saída, já que a rigidez foi o chão do discurso de ambos.

Na sequência, um paciente com uma rigidez de pensamento e que me fez pensar em diversas estratégias para ajudá-lo, mas não vi uma forma de flexibilizar seu pensamento.

Apesar disso, me dei conta que, no final, na terapia do corredor, fiz uma pergunta que pode fazer isso, usando sua própria rigidez contra ela mesma, a fim de que ele se liberte das dificuldades que ele tem imposto a si mesmo pra viver, dificultando sua própria vida. Mas comecei a perceber que o aprofundamento chegou a regiões cada vez mais rígidas.

Fiquei um pouco desnorteado com esses dois atendimentos, sendo que o primeiro fiquei na dúvida se consegui afastar a paciente da ideia de estar sendo julgada por mim e conseguido frisar que é necessário que ambos tenham uma postura de compromisso com a mudança. Não sei se ela entendeu isso.

E meu medo, nesse caso, é que ela encerre o atendimento. Muitas vezes isso acontece porque o terapeuta não conseguiu passar a clareza necessária para o entendimento, na hora da crise e da desavença ao vivo. Ainda que eu seja bom nisso, não sei se dessa vez eu consegui.

SENSAÇÃO DE ESTAR À PARTE DAS DECISÕES


Não sei bem o que pensar das decisões que foram tomadas, mas eu fiquei imensamente desconfortável. Ainda não defini se o sentimento é justo ou não, ou se eu estou lidando com minha vaidade ou não. Sei lá. Fiquei confuso e, pela primeira vez, triste.

Claro que, pra variar, eu fiquei preocupado com dinheiro. Além do enorme gasto que eu tenho tido com o consultório novo, a cada dia novas surpresas, ainda que a maioria seja boa (atualmente), aumentar custo não estava no meu planejamento. Nem de longe.

Sei que o investimento em Marketing Digital é positivo. Tenho estudado sobre isso ao longo dos úlimos anos e sei o quanto é importante. Mas da maneira como tem feito é exatamente da maneira como eu aprendi que não deveria fazer. Mas a cabeça de mula acha que está certo, então foda-se.

Não sei. Acabei dizendo que as decisões foram coerentes, mas eu não gostei mesmo da forma como foram tomadas. Eu duvido que houve qualquer questionamento ou colocando as coisas em perspectiva. O fato de uma pessoa não querer fazer algo e a outra ser pressionada, Essa foi a minha impressão.

Mas não consegui deixar claro, diante de mim, qual foi a minha maior tristeza de ontem, que me deixou a ponto de perder meu crachá de identificação. Extremamente avoado.

Sei lá. Estou igual essa mulher da foto. Não consegui pensar bem a respeito. Mas foda-se. Talvez tenha sido pra melhor.

ESTAR CERTO NEM SEMPRE É BOM


Apesar de eu estar fazendo um esforço grande pra lidar com o sentimento ruim, estou alerta igual esse jaguar aí da foto. Não me faça sentir atacado. Eu geralmente tenho como premissa que, atacar não é o caso, mas me defender é líquido e certo.

Já faz tempo que esse sentimento me ofende e me incomoda. De tempos em tempos eu me vejo diante dele. E apesar de até mesmo minha esposa ter uma postura que me incomoda, de crítica acentuada e pensamento no outro, eu costumo ter algumas certezas bem estipuladas na minha vida.

Quando isso acontece, não tenho dúvida em expor e falar a respeito. E falo pesado, sem nenhum problema. Mas preciso aceitar quando as coisas são melhores pra mim, mesmo que eu não queria aceitar. Então, estar certo nem sempre é bom. Mais ainda, é melhor estar errado, porque quando você lida com a realidade, a verdade aparece. E estar certo e realidade não combinam sempre.

Enfim, eu já perguntei a meus pacientes: se tudo que a gente pensasse virasse realidade, a nossa vida seria boa ou ruim? Pois é, mesmo que eu seja uma pessoa que tenda a lidar com as coisas de forma mais positiva que negativa, meus pensamentos não são tão legais assim como eu gostaria.

Enfim, talvez haja ganho no médio e longo prazo nessa nova forma de administrar essa questão. Mas como falei, estou de olho. Essa ideia de "os artigos do Dr. Fulano" estão me incomodando. Essa porra é do IPP, não é do Dr. porra nenhuma.

Esse nível de liberdade pode ser bom por outros motivos.

MEU MARKETING DIGITAL, ESSE IGNORADO MAS IMPORTANTE BEM


Eu estudo marketing digital faz muito tempo. Fiz vários cursos, montei nossos sites, implementei coisas nas páginas o Facebook mas, como eu tenho costume, não me aprofundei ou não tive tempo ou disposição pra manter uma rotina de publicações que fizessem a página sempre estar bem posicionada.

Cheguei a ficar em primeiro para UMA palavra chave, a mais importante. Isso sinaliza uma boa forma de trabalhar um assunto, mas impede que você tenha um desempenho generalizadamente bom. E isso é importante na nossa carreira, já que ela implica em boa divulgação do próprio trabalho.

Estar bem posicionado no Doctoralia implica em ter um agregador de conteúdo, com autoridade, mandando pra nossa página. Ok, isso é bom. Mas não pode ser simplesmente ignorado, como tenho feito.

Mas Jesus do céu, eu estou cansado pra caralho, não tenho tido muito tempo e, quando tenho, fico pensando em descansar. Isso é estresse, não é?

De fato, acho que vale a pena fazer algo a respeito. Mas precisa ser dedicado. E sei que não tenho me dado toda essa dedicação, muito menos aos sites. Tem coisas a fazer faz tempo, como, por exemplo, o endereço. Simples, mas nem isso.

Parece que isso se encaixa na categoria "ligar para a mãe", que não sei porque não o faço, mas não o faço de jeito nenhum. deixo pra depois e acabo deixando de lado. Isso não quer dizer que não ache importante, apenas não me empenho diferencialmente nisso.

Alguns diriam que não tem prioridade na minha vida. mas é injusto dizer que minha mãe não tem prioridade. apenas acho chato falar com eles de uma forma mecânica. Sei lá. Essa merda não entra bem na minha cabeça com uma boa explicação.

Voltando ao Marketing Digital, talvez eu me motive competindo com o site do IPP por autoridade.Vou colocar as palavras chaves parecidas pra rolar. Vamos ver quem sabe o que está dizendo.

VINGANÇA E COMPETIÇÃO


Puta merda, esse discurso que acabei de fazer é de um egoísmo, de um revanchismo do caralho. Estou mordido mesmo. Isso não me faz bem.

Não que seja de todo injusto. E ainda sabendo que competição sempre foi um fator motivacional pra mim. Não nesse caso. É mais manha mesmo. Mas senti nele também esse sentimento. E alimentá-lo talvez seja a melhor coisa a evitar. Afinal, ninguém ganha com uma disputa interna de uma empresa.

Vou "capitular" dessa vez. Essa porra vai fazer bem pra mim. Preciso lidar com essa vaidade, esse rasgo no meu narcisismo (os psicanalistas piram).

Valeu





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