terça-feira, 8 de agosto de 2023

Quero estar mais presente na vida de quem eu amo

Que renúncias eu quero e preciso fazer pra isso?

 Bom dia, meus nobres companheiros imaginários. Fiquei um tempão procurando uma foto que representasse o meu dia, mas tava difícil. Acabei escolhendo esse tema, que é recorrente, mas está embolado no meio de tantos outros problemas/desafios da minha vida. Mas é um fato que quero estar mais presente na vida de quem eu amo. Em casa eu acho que estou em uma medida boa. Mas eu quero mais. 

Pra que isso aconteça eu preciso ter mais tempo, isso é fato. Porém, será que mesmo tendo tempo eu vou conseguir aproveitar esse tempo sem ser demasiado introspectivo, centrado em mim mesmo? Será que meu TDAH será vencido nessa tarefa?

Pra que eu consiga, eu preciso olhar pra isso (assim como para qualquer dificuldade que eu esteja tendo agora) de uma forma que passe a ter um valor maior do que as outras coisas. Quando se trata de preocupação e coisas a serem resolvidas, não tem negociação. Mas em termos de escolher ficar com meus amores, ainda que eu ame, preciso dar um sentido maior pra isso. 

Isso vale também pra que eu pare de engordar. Eu posso e preciso parar de me entupir de merda. Até que ontem eu consegui fazer isso, mas não é uma tarefa fácil, até mesmo porque, por causa do remédio, eu não como o dia inteiro. À noite eu estou um arado. Mas poderia tirar daí a energia pra fazer essa mudança também. 

Fato é que isso não é fácil. Mas é justamente as tarefas mais difíceis que quando alcançadas trazem a satisfação e a confiança em nós mesmos. 

É importante um foco contínuo nessa mudança pra que ela aconteça. Se vc não dispender o máximo possível de empenho, tempo e esforço, não vai valorizar a vitória. Muitas vezes mesmo quando vc dispende vc não acredita. Então, esforço e foco, ainda que seja foda. 

E é preciso usar o tempo a nosso favor. Ontem mesmo estava falando sobre meu pai, acho que com uma paciente, e ele tem uma caralhada de bicheira pelos longos anos não cuidando e mesmo assim está parecendo, externamente, bem. E qual é a única explicação lógica possível? Faz esporte continuamente, todo dia, ao longo dos últimos anos, não sei bem quantos. 

Além disso dar energia e vigor pra ele, também o ajuda nesse momento de luta contra tantas doenças adquiridas ao longo do ano. Velho João, mesmo quando faz as coisas na sorte, dá certo. E o maluco se empenha, sai de madrugada de casa todo dia pra ir fazer o esportezinho dele e não falha um dia, até ficando chateado quando não pode ir. 

Ontem fez a cirurgia de catarata dele e tudo bem. Depois fará a outra. Vai ter que fazer uma cirurgia pra tirar uma macha na pele que também pode ser câncer. Mas tá lá, na dele. Bicho forte pra caralho. 

Mas o maluco é ansioso pra caralho. Interessante como a gente adquire essa porra ao longo da vida e acredita nela. Tanto ele quanto minha mãe sofrem com isso ao longo dos anos. Um bom sinal disso é o uso de cigarro e álcool por tantos anos, substituindo agora por comida. 

Os anos clamam. E nós precisamos entregar algo. E que não seja algo que foda com a gente. 

E tenho visto isto em alguns pacientes, com algumas demandas diferentes. 


O QUE FAZ AS PESSOAS TOMAREM DECISÕES RUINS PRA SI MESMAS?

Por que eu tomo decisões ruins pra mim

Cara, essa pergunta é foda. O que faz as pessoas tomarem decisões ruins pra si mesmas? Isso é tão diverso quanto a quantidade de pessoas que existem. Mas acho que deve haver um lugar comum, cultural, pra que isso aconteça. Do ponto de vista fisiológico, nós precisamos ser capazes de olhar para as reações que temos (principalmente ansiedade e angústia) e entendê-las, para que elas servem. 

Tenho pensado muito nos pacientes, em especial alguns deles, que tem problemas muito diversos, mas que parecem sempre ser a criação de problemas pra si mesmos, além daqueles que a vida já arruma. 

Ou, e eu me incluo nisso, eu aumento um problema maior porque eu deixei de dar atenção pra ele antecipadamente e vou enfrentar só quando ele já está muito grande. 

No que tange aos pacientes, talvez se eu parar um tempo e pensar sobre as questões do paciente, ao que ele está reagindo, o que ele realmente quer, talvez eu consiga ajudar, principalmente aqueles pacientes que são mais difíceis (para mim esses são, principalmente, aqueles que não querem ajuda, não são colaborativos, mesmo que não vejam isso). 

Ainda fico me questionando em muitos momentos se sou tão bom quanto eu acho que sou. Tem alguns pacientes que gostam muito de mim, estão comigo, mas que eu não consigo sensibilizar o suficiente para que eles escolham lidar com seus problemas, suas dificuldades. Não entendem suas próprias demandas e ainda se perguntam porque as pessoas de fora as valorizam. 

Enfim, são muitas questões e meu cérebro está me pressionando a não perder tempo demais por aqui, ainda que eu conscientemente saiba que pensar sobre isso não é perder tempo. Mas também sei que não posso colocar tudo aqui o que eu penso, por respeito a essas pessoas. Mas cabe o raciocínio, principalmente porque eu estou me questionando a respeito das minhas capacidades. 

Enfim, o texto hoje saiu meio sem rumo, mas saiu. Eu sempre tenho muitos assuntos a tratar, mas quando passa o dia, eu esqueço e passo a régua. Talvez um retorno e uma reflexão sobre o que já esteve nos meus pensamentos valha a pena. Até porque se eu não der tanta importância hoje a algo que estava me incomodando no passado, pode ser porque eu evoluí tão rapidamente que nem me dei conta?

Pode ser... não tinha me dado conta disso. Mas também pode ser porque como não estou lembrando não estou sofrendo. 

Questões... e as reflexões brotam...

Valeu!!!



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...