sexta-feira, 20 de abril de 2018

Procrastinação consciente


O conceito de procrastinação, nome difícil pra enrolar pra fazer algo chato, é controverso. Eu tenho uma teoria: A gente não procrastina o que a gente gosta. O que vc acha disso?

Por outro lado, esse texto é justamente pra pensar a respeito da resistência que eu  estou tendo pra colocar a porra do artigo da garota no ar. E nem posso ficar puto com o chato me perturbando pra fazê-lo. Afinal, eu disse que ia fazer.

Mas o jeito imperativo dele me perturba. Não gosto de gente que quer mandar em mim. E é exatamente o que eu estou sentindo. Não pensei ainda pelo ponto de vista dele e, talvez, essa seja a grande questão.

Não estou disposto a pagar por algo que pra mim não faz sentido. Mas preciso entender que o cara não está tão errado assim. Mas que saco eu não ter vontade, tempo ou disposição pra fazer o que eu preciso. E, na verdade, vai ser bom pra todos nós.

Fato é que estou resistente e preciso aceitar que, dessa vez, o errado sou eu. De verdade. Naquele momento da reunião eu não aceitei o jeito dele, o tom de voz e quis espancá-lo. Mas, agora, não rola. O cara está certo e eu preciso engolir a porra do meu orgulho.

Afinal, fico reclamando das porra que acontece e, na verdade, acontece um montão de coisa legal na minha vida. Não que eu não valorize. Aliás, valorizo bastante. Mas tenho uma resistência do caralho a resolver problemas. Não tem jeito de eu lidar bem com esta merda. Que esquisito.

Enfim, estou aqui resolvendo se vou postar ou não a porra do texto hoje. E sei que se eu fizer isso vai dar bom. E eu ainda tenho tempo. Mas queria fazer outras coisas. No fim, se eu não abrir o olho, não vou acabar fazendo nada.

Falei ontem com a paciente que o que faz a depressão ir embora, entre outras coisas, é o movimento. Isso serve pra tudo. Até pra coisas pentelhas como essa que eu tenho que fazer.

Enfim, além de tudo ele quer uma reunião pra eu passar pra ele as coisas que tem que ser passadas. Acho justo. Afinal, ele lutou e foi atrás pra essa merda acontecer. Ok, preciso parar com a porra do orgulho. Merda. Mas ok.

ACEITAR TE LIBERTA


Joguei a toalha. Aceito que, dessa vez, o problema sou eu e minha resistência a admitir que estou errado. Mas estou. Tive oportunidades de resolver a coisa e acabei colocando em segundo plano. Não seria fácil, mas, como falei no primeiro parágrafo, não procrastinamos o que a gente gosta.

Vou arrumar um jeito de lidar com isso de uma forma boa. E, independentemente de qualquer coisa, fazer o que é certo. Aprender é foda, mas é o caminho. Afinal, eu trabalho com uma terapia que valoriza a aprendizagem.

Como diz a Carol Dweck, ficar pensando em esconder suas fraquezas não resolver porra nenhuma. Só faz vc ficar preocupado em não parecer idiota e, no fim, o tanto que eu gosto de aprender não fica facilitado.

Vamos lá então. Parar de merda e fazer o que é certo.

Valeu.

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