sexta-feira, 30 de março de 2018

Bate papo entre amigos


Tive um dia bom hoje. Não foi um dia administrativo na essência, mas tudo bem. Podia ter feito um post bem legal pro Terapia ou pro Ipp, mas acabei optando por divulgar outras coisas no Facebook, coisas que interessam bastante às pessoas. O vídeo da depressão da Lady Gaga e dos outros artistas foi bem acessado.

Acho que caiu no gosto da galera, já que vídeos caem bem. E hoje me posicionei em vários bate papos com a galera. Gostei disso também. E basicamente vou falar sobre isso aqui. Deixei de falar sobre outras coisas, mas o assunto aqui também é interessante. Pelo menos pra mim.

Quando vc está em um local público como o Facebook, sua opinião ecoa. Ela não volta mais. Então normalmente eu tenho o cuidado de não expor muito certas opiniões, já que certamente serão mal interpretadas.

Não quer dizer que eu tenha medo de falar o que penso. Acho essa afirmação até engraçada, já que eu já tive a fama de "tio mau". Não me escondo de falar nada o que penso. Nesse caso do Facebook, além de ser uma postura mais voltada pro profissional, tem como objetivo evitar conflitos desnecessários. Já comprei briga demais e agora não estou mais a fim.

Entre os assuntos que eu discuti, está a tal da ideia de um governo militar.

NA ÉPOCA DOS MILITARES QUE ERA BOA A VIDA


Eu sou um militar relativamente jovem. Entrei no quartel depois da abertura, já estávamos com um presidente civil (ainda que não eleito diretamente. Aliás, um vice-presidente, já que Tancredo tinha morrido por doença desconhecida). Não tinha o espírito do pessoal de 64.

Mas passei por toda a década de 70, que não me recordo muito e década de 80,  essa sim basicamente militar, mesmo depois de 85, quando aconteceu a eleição indireta.

E devo admitir que, realmente, mesmo o Rio de Janeiro, era um lugar seguro. Mas não posso dizer que isso acontecia simplesmente por causa dos militares. Eu não me lembro de ver tanques nas ruas ou segurança extra. O que havia era a polícia militar e olhe lá.

Talvez a sensação geral de segurança seja muito mais pungente do que a segurança em si. Não se cometia crimes porque simplesmente não se cometia.

No meu bairro havia um costume que pode ser chamado até de bárbaro, mas funcionava: quando aparecia um ladrão de casas, ele aparecia, misteriosamente, dentro do bueiro em estado não muito agradável. Como acontecia, ninguém estava interessado.

Talvez mais isso do que a época de militarismo no poder facilitasse essa sensação de segurança no bairro. Mas a sensação era de segurança em qualquer lugar. Não lembro de ter medo de ir pra Taquara ou pro Soeiro do jeito que tive agora, mesmo depois do assalto em 84. Estava voltando da Academia e dois malucos numa moto - nessa época já tinha essa merda - abordaram eu e o cara que trabalhava comigo, voltando da academia. Esse melhor filho da puta me deixou sozinho pra morrer, mesmo depois dos caras falarem que iam atirar em mim.

Esse cara era o mais egoísta de todos que conheci na minha vida mesmo. Nem vem ao caso contar essas histórias. Ele era um babaca e me sacaneou várias vezes. Mas agradeço a ele a última. Se não fosse a puxada de tapete, no trabalho, eu não teria tido a coragem de sair da porra do Caldelas. Eu não teria ido pro Unidos e me divertido e conhecido tanto da vida se não fosse por isso. Agradecido, seu mané.

Aliás, esse foi mais um exemplo na minha vida de uma situação ruim que depois foi muito boa pra mim. E que eu ficar me preocupando com algumas pessoas e situações não faz o menor sentido. Eles não estão nem aí pra você. Isso é uma pena. Mas é verdade. Por outro lado, te dá uma sensação de liberdade bem boa.

Viajando um pouco, essa sensação aconteceu várias vezes na minha vida e eu não penso nela pra analisar com mais cuidado. Mas agora não é a hora.

Enfim, esse tipo de sentimento é bom porque faz com que pensemos de uma forma diferente a situações que parecem serem essencialmente ruins. Não são. Podem acreditar. Foda que na hora que acontecessem é uma merda.

Por outro lado, depois da abertura, com o Sarney fazendo merda na política econômica, aconteceram vários tipos de problemas decorrentes de péssimas decisões. Desabastecimento por causa da porra do congelamento de preços e a famigerada fila do feijão, que vivo falando quando vejo uma. Além disso, a farsa dos fiscais do Sarney e outras bostas que nos quebraram e fizeram a gente chegar na hiperinflação e no investimento que enriqueceu muita gente já rica, o instrumento overnight, que no fim não dava nada pra pobre, mas a gente achava que dava.

Ou seja, apesar de ter boas lembranças dessa época, não posso dizer que sim nem que não a respeito. O governo não fedia nem cheirava, como deve ser. Não era esse circo atual.

Mas tive outros papos.

FALO OU NÃO FALO - ESSA É UMA DÚVIDA


Sou um cara muito discreto. Você que lê este blog sabe disso. Apesar de já ter mais de 100 posts, pouquíssima gente chega até eles e eu não divulgo NADA. Sempre foi o objetivo ser assim, ainda que eu ache que algumas ideias que eu tenho aqui mereceriam uma discussão com gente interessada e as pessoas saberem o que penso.

Mesmo assim, a ideia de simplesmente mostrar o blog pro mundo não me parece tão boa assim. Em alguns posts eu talvez extrapole o senso comum e posso incomodar amigos. E como não gosto de críticas, pode gerar algum tipo de estresse que também não estou a fim de ter.

Mas aqui a preocupação é a crítica vazia e a consequência disso: brochar para continuar escrevendo. Além do que, o conteúdo editorial não é uma Brastemp... ainda que eu ache bom em alguns momentos. Mas o objetivo de um Blog pessoal não é ser perfeito, é ser um local de falar o que pensa e foda-se. Pra isso, está ótimo.

Como estou editando o texto, pra deixar mais compreensível, percebi que estou dizendo que estou muito preocupado com a opinião dos outros. Não estou. Mas também estou vendo quão crítico sou de mim mesmo. Isso pode ser um problema comigo. Não penso exatamente assim sobre meus escritos, mas falando dou uma impressão errada. Interessante.

Pois bem, a dúvida começa quando pensei em divulgar o novo consultório no Facebook, mas estou arredio com essa ideia. Pode ser que atraia muitos invejosos e não sei se estou a fim de ter minha vida exposta pra gente que eu não sou tão chegado assim e que, não sem bom motivo, pode achar que estou BEM e usar isso contra mim de algum jeito. Inveja é uma merda.

Não será novidade isso acontecer, principalmente no quartel. Era outra época, mas o temor existe e qualquer coisa que eu fizer que não envolva quartel é muito bom. São duas vidas diferentes e misturar não me parece uma boa ideia. Muita gente mal amada pode criar problemas pra mim.

Talvez eu dê uma palhinha e divulgue nas páginas do Facebook do Terapia, mas principalmente no Instituto de Psiquiatria.

Enfim, dúvida. Provavelmente serei mais conservativo. Como fala meu amigo Pesenti, "tipo assim, melhor não".

Depois, veio o papo com a Thaís sobre Coaching na novela e Terapia.

VOCÊ PRECISA DE UM TREINADOR OU DE REFLEXÃO?



Continuando, depois que eu trabalhei com RH eu me achava "meio" COACH. E, enfim, eu não sou e não quero ser isso. Esse cara aqui embaixo explica melhor o que ser esse profissional.

Como eu não assisto novela, não fiquei sabendo de nenhum tumulto. Em outro vídeo dele ele explica a diferença, na visão dele. Achei bastante razoável a explicação. Não pensei a respeito profundamente pra ter algo que possa ir de encontro ao trabalho dele.

Como ele disse, coaching não é pra trabalhar transtorno. Ele trabalha o presente, com vistas ao futuro. EPA, isso é terapia cognitivo comportamental. Ou terapia comportamental. Mas cada um com suas técnicas.

O engraçado é que fui ver o vídeo do Pondé a respeito e ele fala das terapias profundas. Ele está falando, obvio, das terapias clássicas, psicanálise, analítica e por aí. Também achei coerente, mas aparentemente ele desconhece o que é profundidade em outras linhas. Ou, como é normal, eles falarem mal do que não entendem. Olha aí o vídeo.


Enfim, por que falei sobre isso? Porque comentei a respeito em um post e a Thais, que normalmente não fala nada a respeito, meio que fez um comentário discordando, de maneira bem educada e legal. Respondi a ela minha opinião, diferente da dela, mas comentando se ela achava que era algo que se anulava.

Entendi que, sendo ela psicanalista, o trabalho com a transferência fica prejudicado fazendo os dois caminhos, que foi minha sugestão. Mas quis pontuar que, sendo feito o trabalho de atendimento de traumas, um psicólogo com a formação de coach seria o caminho ideal.

Fechado o assunto, concordamos, seguimos amigos. Vamos embora. Cada um no seu quadrado.

Nesse vídeo que coloquei acima ele não fala da polêmica, mas em outro, na internet, ele fala da Globo colocar o assunto no ar e está, claramente, querendo capitalizar o assunto para os coaches. Entendo perfeitamente. Afinal, alguém pagou pra que aparecesse o nome da profissão e tem SIM que ser usada. Marketing é pra isso. Só não pode fazer merda.

Não é a primeira vez que a Globo faz merda. E não será a última. Pelo menos os conselhos de psicologia estão de olho. Pelo menos.

Também, postei uma frase sobre falar com os amigos e dois falaram comigo. Achei legal. Surpresa.

AS PESSOAS QUEREM FALAR CONTIGO


Fiquei surpreso com o resultado da minha postagem. Eu estava meio puto com um deles e ele puxou assunto comigo. Acho até que poucas vezes na vida fiquei ressentido com alguém. E com esse amigo eu estava, além do óbvio alvo que é o outro. Mas não gosto de me sentir assim. Não é saudável pra ninguém.

Mas eu sentia e sinto assim. Mas me aliviou ele conversar comigo. mas provavelmente ele também está chateado. O nome do post era: fale com alguém que vc não fala faz muito tempo. E com ele é um  bom exemplo.

Estou em dívida com ele. E ele é vingativo, de dar exemplo e falar mesmo. Gosto muito do maluco.

Gostei que ele tenha feito isso. Está me fazendo pensar a respeito de conversar com os amigos. Mas eu falo tanto todo dia que nem sempre eu estou a fim de conversar. Sinceramente. Não falo isso com prazer. Mas é verdade.

Tenho me isolado em alguns momentos. Mas isso é assunto pra outros post.

Também conversei com o Elinho, amigo meu de infância. Não falamos muito, mas ele falou: faz tanto tempo que já sou até pai. Que orgulho do moleque. Ele é da época do meu irmão mais novo, mas já brinquei muito com ele e na casa dele, principalmente de ping pong.

Enfim, só sei que foi um dia bem produtivo do ponto de vista social também. Adorei.

Valeu!!!

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