domingo, 11 de fevereiro de 2018

Post 100 - Tanto tempo passou, tanta coisa pra escrever mas não sei por onde começar



Olá pessoal. Depois de tanto tempo retomo os posts do blog. Fico até com vergonha de ter ficado tanto tempo sem escrever, depois de ter me dedicado tanto a publicar de novembro pra cá. Depois que eu fui pro GT (Grupo de Trabalho) em São José dos campos, eu meio que deixei de lado o Blog, ainda que eu tenha tentado publicar este post tão importante que é o de número 100.

Falta de assunto não foi. Aconteceram tantas coisas nesse meio tempo que eu tinha muita coisa pra dividir. Mas eu começava a pensar e talvez pela mística desse importante post, eu ficava meio assim de publicar alguma coisa meia boca.

Cheguei agora até a pensar em publicar o post 101 e deixar o 100 guardado pra algo do tipo WOW. Mas isso é uma grande bobagem da minha cabeça, como eu pude constatar nas duas semanas que fiquei sozinho praticamente todas as noites e tive tempo de ver MUITA série e youtube. Aliás, só o que fiz foi assistir.

Mas enfim, vamos começar pelo que aconteceu nesse tempo. Não sei se vou lembrar de tudo já que, pra variar, eu não registrei nem no caderno, apesar de ter levado um montão deles...


BOM RELACIONAMENTO COM O PESSOAL DO GRUPO DE TRABALHO


Não estava muito a fim de participar desse grupo de trabalho. Além de todas as outras razões que já tinha colocado no Blog, dependia muito do grupo que ia estar presente. Para minha surpresa, as pessoas pareciam terem sido escolhidas a dedo. Foi uma boa interação.

Tinha colocado na minha cabeça que não ia participar muito. Cheguei inclusive a comentar com o Chefe, que não sabia que eu não tinha participado de nenhum grupo de trabalho dessa natureza ou de qualquer outra antes. Claro que ele não gostou muito da ideia e me incentivou a participar, pois sabia que eu tinha o que falar.

Pois bem, sou um falador mesmo. Não só participei mais do que pensei que iria como contribui com muitas ideias do que foi definido como definitivo até o teste drive do novo curso quando acontecer. Vamos ver.

Descobri bastante coisa das pessoas do grupo, conversamos e vi que o espiritismo está em alta entre eles. Aprendi coisas novas. Interessante.

Contribui com as missões BVR. O responsável ficou o tempo todo me perguntando qual seria a melhor forma de fazer uma coisa ou outra. Legal.

Enfim, acho que deixei uma boa marca no trabalho em si. Além disso, acabei sendo responsável pela montagem do documento mais difícil de todos, com o Chefe. Até eu fiquei surpreso agora.

E, surpreendentemente, o ser mais chato do mundo gostou das minhas participações e me convidou, além da Helaine, a dar a aula de TRM, que queriam até que fosse retirada. Claro que arrumei trabalho pra mim, mas fazer o que? Não consigo ficar de boca fechada mesmo.

Enfim, isso foi apenas um aspecto da participação do grupo mesmo. Fora do grupo também foi bom.


ASSISTI SÉRIES E FILMES COMO SE NÃO HOUVESSE AMANHÃ


Essa não tinha sido uma meta quando sai de casa, ainda que eu tenha levado o HD pra assistir eventualmente alguma coisa. A internet do hotel de trânsito era, normalmente, uma bosta pra assistir NETFLIX, mas isso também não se tornou uma verdade.

A conexão com o 3G também se mostrou melhor que eu esperava, ainda que oscilasse. A conexão do hotel estava melhor que o 3G, o que por si só já é digno de nota. Mas porque falar em conexão de internet?

Porque eu simplesmente consegui assistir muita série e filmes nessa conexão. Importante frisar que o hotel estava vazio pra cacete. O pessoal tem ficado na cidade, com conexão à internet melhor e quartos mais bem localizados do que ficar dentro do quartel. Eu acho meio deprimente, ainda que dessa vez não tanto.

Pois bem, assisti todos os episódios de Altered Carbon, assisti aquele filme ruim do Al Pacino e mais alguns que não me lembro agora. Além disso, vários vídeos do Youtube. Não estudei minhas aulas, pra variar, mas estudei os vídeos do Seitti Arata. Já é um alento pra quem não produziu quase nada no tempo que teve.

Assisti outras coisas também, em mídias diferentes e gostei. Mas isso é assunto pra outro dia e pra outro lugar.

E o tempo passava e estava chegando a hora da famigerada viagem para o Rio de Janeiro, que estava me deixando meio preocupado. Mas, antes disso, ensaiei algumas saídas à noite que, se não foram ruins, eu não deixei que fossem melhores.

VALE A PENA ESCOLHER COM QUEM VOCÊ VAI SAIR


Uma das coisas boas das viagens a trabalho sempre foram as saídas. Antes eu era um fã incondicional delas, o motivo da viagem não era o trabalho, era poder sair pra ver coisas novas, gente nova, conhecer gente nova se possível e curtir, se divertir, dar risada com os amigos.

Só que ultimamente estou ficando meio sem saco pra sair, mesmo quando estou em casa. Não sei se é porque eu passo tanto tempo fora de casa que, nos momentos que eu posso, não quero realmente sair. Mas sei que isso precisa ser flexibilizado, se não por mim, pela família.

De certa maneira, eu me sentia meio vazio antes, e preenchia com essas farras, bebedeira e mulherada. Na verdade eu não queria fazer aquilo. Talvez um bom sinal disso é que eu, quando tenho um relacionamento com uma mulher legal, sossego. Mas era divertido e tenho boas lembranças a respeito.

Claro que eu me colocava em risco quando eu o fazia. Lembro de pelo menos duas ou três situações que eu saí e voltei tão bêbado, de carro, que nem lembrava direito como tinha chegado. Além disso, por duas vezes eu coloquei a mim e a algumas pessoas em risco. E isso é um problema pra mim bem sério.

Dessa vez as saídas foram minguadas. Não cheguei a ir no Center Vale, trajeto natural de todas as outras vezes. Mas saí duas vezes de forma tradicional. Uma, com meu amigo Cristian e o Jacaré, que tornou a noite uma chatice. O maluco só falava nas mulheres gatíssimas, lindas e maravilhosas que ele ficou. Tentava mudar o assunto e lá ia ele de volta.

Esse tipo de reafirmação do "eu sou foda" é chatíssima. Sempre fui um cara com uma certa habilidade com as pessoas, pelo menos até um certo nível e nunca fui de me gabar. Mas esse ultrapassou todos os limites. Claro que foi a primeira e a última vez que quis sair com esse maluco. Uma pena, que gosto muito do meu amigo Macgyver.


São José dos Campos tem MUITAS virtudes. Vi isso na palestra que fui e que falarei aqui mais tarde. Mas um dos defeitos que me incomoda é a absurda falta de mulheres na cidade, pelo menos nos lugares que nós costumávamos ir. Não tenho a intenção de ficar assediando e cantando mulheres, mas nem pra dar um refresco nos olhos é foda.

E nesse dia, com esse maluco "fodão" foi um dia desses. Boring.



Já no segundo dia, com o ANA, a saída foi bem divertida. Conversamos, rodamos por botecos e paramos lá no último bar, que estava absurdamente bom. Até de dono do Boteco pra brincar com umas meninas numa mesa eu fiz. rs. Mas me vi voltando a ter dezessete anos com minha timidez. Nem uma dança por medo das mulheres não quererem. Também fui escutar o que o viado falou, que as mulheres ali não eram de dançar... me fodi.

Mas foi bom. Apesar de não ter dançado nem sequer uma vez, a habilidade que eu mais tenho desenvolvida, posso dizer que aproveitei essa saída. Foda que eu tinha que viajar no dia seguinte. Mas isso era desculpa. Eu não tinha a obrigação de chegar em uma hora específica.

Enfim, redescobri esse problema e, pela primeira vez, pensei nele de uma forma mais específica, mas direcionada, mais valiosa. Preciso pensar mais nisso nas próximas vezes. Não gostei de me perceber com problemas que eu achei que tinha superado e que, por essa percepção, estão mais profundamente arraigadas do que eu gostaria.

Pois é, essa viagem teve bastante descoberta boa. E algumas não tão boas. Aí, depois dessa saída de quinta, veio a sexta-feira e minha viagem pro Rio de Janeiro tão esperada...

O RIO DE JANEIRO NÃO É MAIS O MESMO



Essa foto é clássica. Ela faz qualquer um querer visitar o RJ. O problema é quando você está lá embaixo, no meio do fogo cruzado e da guerra que virou meu Rio.

Desde sempre eu quis voltar pro RJ. Sou carioca, defendi a cidade por muitos anos de qualquer ataque idiota que fosse feito, tanto à cidade quanto às pessoas. Às pessoas ainda defendo com veemência, pois é absurdo o processo de generalização. Mas devo admitir que toda a admiração que eu tinha pela cidade foram por água abaixo. De vez agora.

Durante muito tempo todos os cariocas que estavam lá defendiam a cidade, dizendo que muito do que era dito era coisa da mídia, que não era bem assim, que haviam lugares perigosos mas não era tudo, blá blá blá. Claro que eu não concordava com muito do que era dito, mas sabia que realmente a mídia dava uma cagada na imagem da cidade.

Mas hoje em dia até mesmo os cariocas estão falando da cidade com medo. Isso é extremamente perigoso. E senti isso na pele nessa viagem também. Todo mundo que está no Rio está preocupado e contando situações que passaram ou ficaram sabendo. E isso acontece diariamente.

Eis que, no meio desse tumulto, eu tinha resolvido visitar o Rio. Não tinha me informado muito a respeito de como estava a cidade, estava preocupado, mas não estava no nível de alerta que eu costumo estar em outras ocasiões. Não teve jeito, tive que ficar.

Tem sido rotina ter tiroteio na cidade, principalmente nas Linhas Vermelha e Amarela, além da Av. Brasil. Ou seja, quase todo o Rio de Janeiro está dentro dessa discrição que falei. Só se salvam a Zona Sul e Jacarepaguá (parte, já que linha amarela deixa dentro da cidade de deus).

Meu caminho normalmente era sair da Rodovia Dutra e cair na Av. Brasil até Guadalupe, passar do lado do minhocão, cruzar o muquiço e pegar a estação de Deodoro, cair em Realengo, pegar a Estrada do Catonho e ir pra Boiúna, normalmente sem muita crise (até então).

Falaram pra eu evitar esse caminho de qualquer jeito.

Aí, antes de saber o que estava acontecendo na Linha Amarela, perguntei aos amigos do Rio qual era o melhor caminho e qual falaram? Linha Vermelha e Linha Amarela. Bom, se eu soubesse que tava dando tanta merda eu com certeza não teria ido.

E, por incrível que pareça, não tive sequer um problema. Só o trânsito, mas dado esse relato que fiz, ficar em engarrafamento sem arrastão é uma coisa muito tranquila.

Enfim, foi um estresse na ida. A estadia foi tranquila, não saí. Meu pai inventou de ir comprar carne em um mercado onde? PRAÇA SECA. Onde estava, exatamente no sábado, tendo tiroteio também. Claro que sem saber eu falei que não ia. Obrigado, senhor.

Fiquei na casa do meu irmão, que é perto da casa da minha mãe, no sábado à tarde. Íamos à praia, mas não deu muito certo. Sem estresse. Importante que ficamos juntos.

Mas, e a volta? Meus parentes me falaram da Transolímpica. realmente melhor decisão. Peguei a Av. Brasil em Deodoro, não peguei nenhum problema, passei a Brasil inteira sem estresse, Dutra, sem nenhuma retenção. Foi muito tranquila.

Mas, o que me chamou a atenção foi minha mãe me dizer pra não voltar lá no Carnaval. Aventei a possibilidade de passar mais um tempinho com eles, mas entendi o recado dela e, sinceramente, não queria passar aquele perrengue de novo. Estou bem aqui com minha família.

Mas é uma pena ter que relatar isso da minha terra. Mas não dá pra esconder a realidade. Pelo menos serviu pra eu tirar essas e outras conclusões a meu respeito.


PERCEBER O QUE TE INCOMODA ABRE PERSPECTIVAS DE SOLUÇÃO



Muitas vezes esses momentos de solidão, apesar da óbvia problemática envolvida se isso te incomoda, criam espaços de compreensão, já que você acaba tendo que pensar em coisas que, normalmente, devido ao corre corre do dia a dia deixamos de lado.

O que eu descobri sobre mim diz respeito à minha própria auto eficácia, minha confiança pessoal no que eu posso fazer e no que eu não posso. Acho que eu me restrinjo demais e não me coloco à prova em alguns assuntos que eu achava que já estava ultrapassado.

Estou escutando a música agora chamada Back to life. Gosto muito e seu refrão fala desse mundo que eu estou agora. Vai aí o Clipe se você tiver curiosidade.



A questão da realidade é bem complexa. Se você optar por analisar a realidade pelos problemas que você tem hoje, vai ficar estressado, e vai querer fugir. Se você ver a realidade sobre aquilo que você merece, pode ficar com medo, já que não vê como chegar lá. A questão toda é: você precisa parar de achar que sabe qual é a realidade e DESCOBRIR qual ela é, em todos os sentidos.

Eu me vi pensando em mim como nunca antes, pensando no que eu me reduzo, no que eu digo a respeito das minhas possibilidades. BOBEIRA!!! Minhas explicações são ótimas forma de me afastar do meu potencial.

E que merda. Eu consigo fazer tanta coisa difícil, enfrento cada desafio, mas pra algumas coisas ainda me reduzo.

Cheguei a pensar em fazer Terapia de novo por causa disso. Mas com alguém diferente. Acho que a Karin nunca foi capaz de pensar nisso da maneira que eu gostaria e me ajudar a sair, mesmo que seja analisando sobre uma perspectiva diferente. Precisava de alguém pra entrar na minha loucura, entendê-la e depois tomar algum tipo de atitude. Simplesmente negar e dizer que isso não pode ser o foco é uma merda.

Pensei em fazer isso eu mesmo, tentando fazer comigo o que faço com meus pacientes. Mas esta merda não tem muito como dar certo. Eu sou humano e vou querer fugir. Afinal, se eu tenho medo, faz sentido eu ter cagaço, não é mesmo??? Mas devo admitir que cheguei em um nível bom de compreensão. Mas parei. Claro. Mas posso voltar a fazê-lo. Quando não sei.

Enfim, essas foram algumas estripulias minhas em São José. Apesar de não querer ir acabou sendo bom. Mas preciso que isso se torne constante. Senão, daqui a pouco, estou no ritmo louco e não fiz nada a respeito.

Valeu!!!



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...