segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Inspiração pra escrever? Escreva que ela pode ou não vir


Eu tenho reclamando muito de inspiração pra escrever, sobre como é mais fácil falar aqui e não no outro blog e etc. E estou me achando meio pentelho falando sobre isso. Afinal, eu sou uma pessoa que acredita que as pessoas tem histórias riquíssimas, que tem muito mais a oferecer do que elas percebem. E normalmente descubro que isso é verdade.

O problema é que me sinto continuamente como essa moça aí da foto, tem muito a oferecer, mas está com a boca atada, ou seja, não sai nada mesmo que ela queira.

Resolvi escrever aqui hoje sobre isso e outros assuntos apenas deixando as ideias virem à cabeça (se vierem) e tentando desenvolvê-las.


E O ANO DO BRASILEIRO COMEÇA HOJE


Parece estranho, mas o brasileiro pensa assim mesmo. Se você de fato colocar o começo das aulas em escolas públicas como completar todo o ciclo da vida nas cidades, então faz algum sentido. Mas escuto muito as pessoas pensarem dessa forma. O ano começar depois do carnaval, principalmente na semana seguinte, diz muito a respeito de com qual seriedade nós nos preocupamos com a nossa produtividade.

Minha filha começa hoje a volta para um ano que será bem agitado, pra ela e, claro, pra nós. Ela começa as aulas no cursinho para o Colégio Militar e, à tarde, na nova escola, iniciando o sexto ano. Eu e a patroa estamos bem apreensivos, ainda que saibamos que seja normal, a respeito dessa nova rotina. Novos colegas, crianças mais velhas, bullying, capacidade dela de se adaptar. Estamos torcendo pra baixinha ir bem.

Para minha esposa também "começa" de verdade o ano. Apesar de ela ter começado a ir pra escola semana passada, hoje é o primeiro dia com seus novos alunos e, pra variar, com novos desafios. Mas se tem algo que não me preocupa é a capacidade dela de lidar com as dificuldades pedagógicas que se apresentam.

E pra mim, mesmo que isso seja uma espécie de novidade/absurdo, também. Esse início de ano foi muito picotado de folgas, férias quebradas, viagens não queridas mas necessárias. Ou seja,não estava completo no início do ano. Não consegui dar o gás que eu queria. Não sei bem se eu estivesse por aqui os pacientes iriam estar presentes no gás.

Esse início de ano diferente coincide, de maneira indesejável devo admitir, com as mudanças no consultório e com o maior investimento que já fiz na minha vida em qualquer coisa relacionada ao trabalho. Isso é bom?


VALORIZAR O TRABALHO E PARAR DE MIMIMI



Esses dias estava conversando com alguém a respeito do meu trabalho, da obra que estou fazendo no consultório novo, da minha forma de cobrar, e, dessa vez, discordei de mim mesmo conforme ia falando. Isso é muito estranho pra mim, mas fez sentido. O nome bonito que inventaram agora pra isso é "mudança de mindset". Na verdade, parar de mimimi e valorizar o trabalho é o necessário.

Sabe quando você está falando a respeito do seu trabalho, do tempo que você está desenvolvendo sua carreira, e de repente você percebe que talvez sua forma de pensar a respeito de você mesmo pode estar equivocada? Quando você percebe que talvez você não queira mudar e não sabe bem o motivo, apenas pra manter o Status Quo?

E ficou mais claro ainda na semana passada, quando falei com a Carol a respeito dos últimos gastos que vamos ter. Desta vez, com o valor do serviço da arquiteta, e ela falou, sem nenhum tipo de pudor (do jeito que eu gosto) que espera que agora eu tome vergonha na cara e aumente a consulta.

Esse tapa na cara vem acontecendo bastante. Ano passado uma paciente já tinha me falado que eu não estava valorizando meu atendimento. A outra queria pagar mais do que eu estava cobrando. E a outra achou "baratinho" meu preço. Essa última aí não voltou, mas por outros motivos. Achei realmente que ela não iria voltar naquele momento.

Ainda resisto a essa ideia de aumentar "demais" o valor da sessão. E já vou dizendo que vou contar um segredo pra vocês, já que é uma espécie de desabafo e chamada à consciência: apesar de tudo o que eu falo, eu preciso admitir que não cobro mais porque acho que as pessoas não vão querer pagar...

Tá de sacanagem,né?

Não, não estou. Parece foda pensar assim, mas eu venho a muito tempo lutando com a ideia de cobrar um valor justo pelo meu trabalho. Existem muitos argumentos contrários a isso, mas essa percepção minha é muito forte.

O motivo? Não sei bem. Mas pra mudar o valor pro que eu estou cobrando hoje foi um parto. E absolutamente NINGUÉM sequer reclamou ou discutiu. Isso já foi uma surpresa e tanto.

Fato é que, com todos os anos de experiência que eu tenho, com todo o treinamento, com meu empenho, com todos os fatores que podem ser levados em consideração, cobrar mais não é um absurdo. Mas me gera um impasse.

Eu tenho vários pacientes que pagam bem menos que o valor que eu pretendo cobrar. Essas pessoas não podem pagar mais. E não pretendo aumentar suas sessões demais. Mas eu claramente cobro pouco de algumas pessoas que podem pagar bem mais.

Também vou acabar restringindo quem eu atendo, não ajudando as pessoas. Esse raciocínio é bobo, já que hoje eu atendo com valor reduzido pelo menos 10 pacientes.

Preciso, então, aceitar que o tipo de público que eu vou atender se encaixa em uma parcela diferenciada da população, um público que pode pagar mais e que QUER fazê-lo, pois entende que vale a pena.

Não sei se todos as pessoas que são profissionais liberais passam por esse questionamento, mas eu tenho me visto diante dessa questão ao longo dos anos.

Aprendi com todos os meus treinamentos e formações, seja de Marketing como de desenvolvimento pessoal que valorizar seu trabalho faz com que as pessoas que o procurem também o façam. Será que é isso que falta?

Bom, preciso testar. E esse ano sem nenhuma dúvida. O custo do novo local vai ser muito alto pra ser muito barateiro.

Será que vou ter ainda pacientes depois que aumentar o preço? Eu preciso pagar pra ver. Essa resposta, como tudo, não está na minha cabeça. Não sei como as pessoas pensam e talvez essa seja uma boa notícia. Afinal, eu sou muito mais crítico comigo do que qualquer pessoa.


SER O CARA É MUITO BOM


Sabe quando você é o cara? Quando você arregaça em alguma coisa, a ponto das pessoas falarem pra você felizes e passarem a acreditar em algo que até então era quase impossível? Que você simplesmente faz, valoriza, elogia, e acaba até afastando pessoas perniciosas do grupo apenas fazendo o melhor? Pois é, esse final de semana aconteceu isso. E no Counter Strike Global Ofensive.

Eu realmente me senti depois como se tivesse feito algo pra que essas três moças lindas ficassem com essa cara de satisfação, algo que eu não sentia fazia muito tempo. E olha que o começo do final de semana não foi uma brastemp.

Na  minha conta principal eu comecei como prata 4 e evolui até ouro 4. Como esse mês eu acabei ficando muito tempo fora de casa, acabei não jogando muito. Mas, até a última vez que eu tinha saído, eu estava como Ouro 3. Mas minha filha acabou jogando na minha conta e perdendo várias partidas competitivas. E na sexta-feira eu perdi mais uma, que me causou a queda para Ouro 2.

Qual o problema disso? Bom, eu sou um cara que me cobra muito, principalmente desempenho para meus amigos, ajudando nas horas mais foda. Só que eu não estava me dando conta que era exatamente isso que eu tava fazendo. Sempre me destacava, mas só valorizava quando ganhava.

O foda é que quando estava jogando com meu amigo FRÓID eu só estava pegando time cascudo e nego com HACK. Tomei uma porrada de kill, sempre ficava negativo. E eu não estou acostumado a ser só bônus, porra. Que merda é essa?

Nos últimos tempos, depois que eu voltei de S.J. Campos eu intensifiquei jogar na minha conta SMURF. E lá eu estou me surpreendendo comigo mesmo. E foi nesse ritmo que final de semana, mas especificamente no sábado, aconteceu a reviravolta.

Hum, fale mais sobre isso jovem

Decidi jogar competitivo tarde Sábado. Treinei o dia inteiro jogar DUST 2 de pistola. Sei lá porque resolvi entrar em competitivo sem nenhum amigo pra ajudar. isso é temerário, já que você corre o risco de pegar HACKS, TROLLS, BOLUDOS e outras pragas que atrapalham nossos jogos.

Primeira partida, molecada, time ruim da porra. Carreguei os moleques mas não deu. perdemos. Tomamos. Segunda partida, mesma coisa. Boludo ficava dando TK em mim, desconcentrando. Quando recuperamos o ritmo da partida, após kicar o filho de uma santa, já era tarde. Mas já tinha jogado muito na partida.

Aliás, o boludo começou a me dar TK depois que eu fiz 5K e tava matando geral. O cara me fez perder a paciência.

Mas, pra variar, fiquei em primeiro. De novo.

Decidi jogar a terceira partida. Afinal, o que é um peido pra quem está cagado? Os caras até que jogavam bem, mas tinha um ou dois chatos. Puta que pariu. E um deles só me enchendo o saco: Amarelo faz isso, amarelo, faz aquilo. Porra amarelo, vc não faz isso, blá blá blá. Boring!!!

Soco na tua cara, moleque chato


Resultado? De CT, que é forte na MIRAGE, tomamos de 11x4. Porra, era derrota certa. Mas falei com a galera pra não desistir, que não tinha nada perdido. E, pra variar, eu estava anos luz a frente, inclusive do chato: 19 kills x 5 deaths.

Eu normalmente me sinto muito inseguro jogando de terror na mirage. parece que nada vai dar certo. Mas Olha, não é que deu? Fiz mais 2 5k, virei vários rounds que estávamos na desvantagem, atacamos por A, por B, pelo meio, enfim, fomos encostando, encostando. E com o tempo não escutei mais o chato. Depois fui ver que ele tinha abandonado a partida. Se fodeu, otário.

Maluco, viramos de 16x14, sem os negos ficarem me chamando de Hacker e eu estava com um desempenho absurdo de 42 kills x 15 deaths, muito difícil de acontecer nesses níveis. E os negos falando que eu jogava muito, vibrando, se animando.

Enfim, dá até gosto jogar. Mesmo com os babacas que estragam o jogo, ainda dá pra encontrar diversão no joguinho.

Parece até que eu sou foda. Normalmente não sou isso tudo. Mas nesse dia arregacei. Será que estou ficando melhor nesta merda?

Tomara.

Agora vou na Fisioterapia remarcar meu reinício. Depois posto mais. Pra quem não tinha o que escrever até que foi, não?

Valeu.




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